Huck: Momento é 'violento' e volta à realidade pós-covid será 'dolorosa'
O Brasil está experimentando "uma coisa muito violenta" com a pandemia de covid-19 e volta à realidade será "ainda mais dolorosa", segundo acredita o apresentador Luciano Huck, da TV Globo. Ele ainda defendeu que não se pode separar a cuidado com a saúde da preocupação com a economia e pediu humildade e respeito à ciência neste momento.
"Não pode haver nenhum tipo de desprezo, nem pelo sofrimento humano, nem pelo sofrimento de quem está perdendo seu negócio", disse o apresentador em transmissão ao vivo no Instagram, ao lado de Padre Fábio de Melo. "Quando vejo pessoas desdenhando da saúde... É muito violento isso tudo. E quando as pessoas voltarem à realidade, vai ser ainda mais doloroso."
Huck pregou união e atenção a todas pessoas, criticando o que chamou de "narrativa do 'quem pensa diferente de mim é meu inimigo'". "Isso gerou uma disfunção no mundo, criou uma narrativa autoritária. Mas a gente tem que olhar para todos, e tem que ter essa humildade de seguir a ciência, a medicina", acrescentou.
Padre Fábio de Melo aproveitou o gancho e também exaltou a importância da ciência, especialmente neste momento, e disse que o País nunca esteve tão atento ao conhecimento como agora. "A gente sempre soube quanto ganhavam os jogadores de futebol", comparou, "e pela primeira vez nos interessamos em saber quanto ganham os cientistas."
Crítica à falta de liderança
Sem citar nomes, Huck também criticou a ausência de lideranças políticas em meio à crise, afirmando desejar que o Brasil saia da pandemia menos polarizado e mais solidário.
"Eu estou muito angustiado. A perspectiva não é boa, a gente tem uma disfuncionalidade de lideranças que não conseguem deixar as coisas claras. Queria que a gente saísse menos polarizado, entendendo o próximo, sendo mais solidário, mais fraterno. Se isso não acontecer, a gente vai ter um país muito machucado", avaliou.
A polarização também foi comentada por Padre Fábio, que acredita que o Brasil está ficando "menos país", "menos sociedade humana". "Nós precisamos nos educar para a solidariedade. O outro que pensa diferente de mim não é um bandido só porque pensa diferente de mim", completou.
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