Daniela Mercury compara coronavírus com homofobia: 'Imagine viver com medo'
A cantora Daniela Mercury comparou o medo do coronavírus, que vem causando centenas de milhares de mortes pelo mundo com o temor constante de quem é alvo da homofobia. A baiana comentou as lutas da comunidade LGBTQ+, comemorando o Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia, e também se derreteu pela mulher, Malu Verçosa, ao falar do relacionamento entre elas e com suas filhas.
"Lembrem-se que amor salva. Abraço e carinho salvam a gente. É muito ruim viver com medo. Se está todo mundo hoje com medo do coronavírus, imagine viver com medo, imagine o que é uma comunidade que vive com medo de sofrer violência, de morrer", afirmou Daniela ao jornal Extra.
A cantora baiana disse que, além da relação que diz respeito só a ela e Malu, elas terem tornado público o que viviam é até hoje importante na luta contra a homofobia.
"O fato de eu casar com Malu trouxe à tona a questão da homofobia na nossa sociedade e a gente pôde falar sobre esse assunto de uma maneira mais clara. Tudo que é relacionado ao sexo é difícil de se falar abertamente, mesmo em 2020. A nossa atuação ajudou na conquista de mais direitos civis", defendeu Daniela.
No Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia, ela pediu: "É preciso que tenham mais compaixão. E espero que o Brasil deixe de ter o título de país que mais mata homossexuais. Me causa horror os políticos ainda terem uma visão tão discriminatória."
Malu e as filhas
"Estamos juntas na quarentena, como estamos juntas na vida, para tudo, para o que der e vier. Estamos em casa, eu, Malu e as meninas. As nossas filhas Bela, de 10 anos, Alice, de 18, e Márcia, de 22. Temos convivido com muita intensidade", contou Daniela Mercury, sobre este período de quarentena.
Para ela, estar com elas é a parte fácil. "Difícil mesmo é esse medo, esse limite, a possibilidade da perda de alguém traz um impacto emocional. Faz com a gente revise tudo que a gente sente. Tenho me aproximado mais de Malu, nos conhecendo mais, exercitando essa maternidade, minha e de Malu, ser amiga delas também, no sentido de entender um pouco mais delas como pessoa. Estou mais apaixonada", revelou.
"A quarentena tem servido para a gente se olhar mais no olho, entender mais, que no cotidiano às vezes a gente não tem tempo. Está sendo um tempo muito rico, e, aos mesmo tempo, muito cansativo emocionalmente por conta do que está acontecendo, do medo, da tristeza, com as pessoas morrendo e esse caos político", acrescentou Daniela, que cita saudades do palco e do Carnaval. "Quando faço as lives em casa essa tristeza vai embora um pouco."
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