De 'Dancin' Days' a 'O Clone': 10 clássicos que vão entrar no Globoplay
A partir desta segunda-feira (25), o Globoplay começa um projeto de resgate de novelas clássicas, que marcaram época na Globo. A cada duas semanas, será adicionada uma trama, na íntegra, ao catálogo do serviço de streaming. "A Favorita" foi escolhida para iniciar o projeto e já pode ser desfrutada pelos assinantes. Ao todo, já há cerca de 50 títulos em processo de resgate para a plataforma.
Entre as dezenas de novelas, estão alguns clássicos da televisão brasileira. O UOL selecionou algumas das melhores tramas que em breve estarão disponíveis para serem vistas e revistas pelo público, quantas vezes quiser.
"Dancin' Days" (1978)
História de Gilberto Braga baseada em um argumento de Janete Clair, "Dancin' Days" marcou época por conta de sua estética vibrante e de seus personagens icônicos. A novela tratava do embate entre Júlia (Sônia Braga), uma ex-presidiária, e sua irmã, Yolanda (Joana Fomm). As duas disputavam o amor da filha biológica de Júlia, Marisa (Gloria Pires), que ela abandonou ao ser presa.
Vingança e paixões se misturaram em um cenário que jogou luz no clima dançante da época, em uma trama que ficou gravada na memória dos brasileiros e que ainda repercute até hoje. A cena do confronto final das irmãs em uma discoteca é uma das mais conhecidas da teledramaturgia nacional.
"Pai Herói" (1979)
Jane Clair é conhecida como uma das maiores autoras de telenovelas brasileiras, e "Pai Herói" é um dos exemplos do porquê deste título. Sucesso de audiência, a trama narrava a trajetória de André Cajarana (Tony Ramos), um jovem criado pelo avô que cresce ouvindo que seu pai é um santo, apesar de ter sido condenado como bandido. Por isso, ele parte para a cidade a fim de tentar inocentar o pai e entender o que provocou sua morte. Essa busca leva seu caminho a cruzar com o de Carina (Elizabeth Savalla), por quem ele se apaixona.
Com uma história desenvolvida em diversas camadas, a trama merece seu lugar como uma clássico
"Guerra dos Sexos" (1983)
"Guerra dos Sexos" foi lançada no auge da discussão envolvendo os direitos das mulheres e usou humor para contar a história de Otávio (Paulo Autran) e Charlô (Fernanda Montenegro), primos que disputavam a herança deixada pelo tio.
A novela de Silvio de Abreu é vista como revolucionária na TV brasileira por ter introduzido a comédia pastelão e debochada nas telenovelas e por ter mostrado que não era necessário só um grande drama para fazer o telespectador se sentar em frente à televisão.
"Roque Santeiro" (1985)
Poucas pessoas não se lembram de "Roque Santeiro" quando se fala em clássicos da teledramaturgia nacional. A história criada por Dias Gomes e desenvolvida por Aguinaldo Silva contava com alguns dos personagens mais conhecidos das telenovelas, com a figura de Roque (José Wilker), que foi transformado em santo na cidade de Asa Branca após supostamente salvar o local de bandidos.
Anos depois, ele retornava, ameaçando revelar toda farsa e colocando em risco aqueles que se deram bem com seu sumiço, sobretudo Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e Viúva Porcina (Regina Duarte), a que foi sem nunca ter sido.
Com humor ácido e um retrato potente da sociedade brasileira, "Roque Santeiro" quebrou recordes de audiência e hoje é referência quando se fala na qualidade e na influência das telenovelas nacionais.
"Vale Tudo" (1988)
"Brasil, mostra a sua cara!" Os versos foram eternizados pela música que embalava a abertura da trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres. A novela acompanhava a história de Raquel (Regina Duarte), traída pela filha (Gloria Pires), que vendia a casa das duas sem autorização e partia para o Rio de Janeiro em busca de riqueza, enquanto a mãe precisava se reerguer do zero.
Com uma crítica enfática ao jeitinho brasileiro, "Vale Tudo" questionou se valia ser honesto no Brasil, o que fez com que ela despertasse identificação imediata com o público. A novela era permeada por cenas icônicas e criou uma das vilãs mais famosas da história das novelas: Odete Roitman (Beatriz Segall).
"Que Rei Sou Eu?" (1989)
Uma das novelas das 19h mas famosas de todos os tempos, "Que Rei Sou Eu? " é mais uma que fazia crítica social, mas, agora, com citações mais diretas ao governo. Em uma paródia da política nacional, a trama girava em torno do reino de Avillan, um Brasil fictício e medieval, com personagens tirados direto dos livros de história e do noticiário.
O humor de Cassiano Gabus Mendes, que escreveu a trama, misturado à originalidade da proposta fizeram "Que Rei Sou Eu?" se destacar e ainda é uma das tramas que mais deixam o público nostálgico.
"Renascer" (1993)
A novela marcou o retorno de Benedito Ruy Barbosa à Globo depois do fenômeno "Pantanal" e mostrava os dramas e as angústias o interior do Brasil. O protagonista, José Inocêncio (Leonardo Vieira/Antono Fagundes), firmava um facão na frente de uma grande árvore e declarava que, enquanto o facão lá estivesse, ele seria imortal. Anos depois, ele se tornava um rico dono de terras, mas acabava colecionando inimigos.
Com altas doses de emoção, "Renascer" firmou o estilo do autor, além de ser considerado um marco na revolução estética na TV brasileira, capitaneado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho.
"Laços de Família" (2000)
"Laços de Família" talvez seja a trama que melhor expressa o universo do autor Manoel Carlos, o que pode explicar seu enorme sucesso. A novela contava a história de Helena (Vera Fischer), uma mulher madura e determinada, que se apaixonava por Edu (Reynaldo Giannecchini), mas o abandonava quando percebia que sua filha, Camila (Carolina Dieckmann), havia se apaixonado pelo mesmo homem.
Marcou o enredo da trama a luta de Camila contra a leucemia, que resultou em uma das cenas mais marcantes da teledramaturgia nacional: quando a personagem, olhando para a câmera, tem os cabelos raspados.
"O Clone" (2001)
Gloria Perez criou uma trama ousada ao decidir falar sobre clonagem humana. Talvez por isso a novela tenha tido tanto êxito, já que o tema era novidade para a dramaturgia nacional. A história misturou a cultura muçulmana ao tema da clonagem, representada na figura de Léo (Murilo Benício), clone de Diogo, que morreu em um acidente de helicóptero. O enredo cativou o público com sua mistura de ciência, religiosidade e misticismo.
A quantidade infindável de bordões que saiu da novela também ajudou. "Inshalá, muito ouro." "Cada mergulho é um flash." "Não é brinquedo não." E por aí vai.
"Mulheres Apaixonadas" (2003)
Outro clássico de Manoel Carlos, "Mulheres Apaixonadas" se destacou por suas muitas tramas, todas tratando de problemas e questões sociais reais, como alcoolismo, homossexualidade, paixões obsessivas e violências contra as mulheres. O impacto da novela foi tão grande que ela, inclusive, influenciou decisões legislativas na época de sua exibição, como a trama de Dóris (Regiane Alvez), que maltratava os avós e fez com novas medidas de proteção para os idosos fossem discutidas.
Uma das histórias mais marcantes era a da professora Raquel (Helena Ranaldi), agredida pelo ex-marido, Marcos (Dan Stulbach), com uma raquete, o que trouxe à luz o drama da violência doméstica.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.