Deborah Secco diz: 'Nós, artistas, estamos mais unidos para resistir'
Debora Secco falou sobre a importância da arte durante a pandemia, como auxílio na saúde mental das pessoas, e criticou o tratamento que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem dado à cultura.
"Acho que a cultura brasileira no momento é quase inexistente. O pouco que ainda resiste é um movimento de nós, artistas, de mãos dadas, lutando com empenho para não fazer tudo desandar de vez. É uma batalha. É um governo que não acredita na cultura, não acha que ter conhecimento e informação te torna mais preparado para a vida. A cultura te abre, joga luz em temas necessários. Acho que estamos num cenário atual bem ruim e preocupante. Mas nós, artistas, estamos cada vez mais unidos para resistir", disse a atriz em entrevista para o jornal O Globo.
Ela, que estava no ar com a novela "Salve-se Quem Puder" antes da interrupção das gravações, viu sua rotina mudar completamente e destaca: "O momento que estamos vivendo mostra o quanto a cultura é necessária para a nossa saúde mental. Quando estamos sem muitas opções do que fazer, a música, a arte, os filmes, os livros, a possibilidade de pintura salvam o ser humano. Ninguém conseguiria passar pela quarentena sem ouvir uma música, assistir a um filme, uma série."
Além da novela, Deborah contou quais eram seus planos profissionais antes de entrar em quarentena. "Estava procurando um texto para o meu próximo filme. Quando faço cinema, é de forma muito intensa, e eu tinha prometido, quando a Maria nasceu, que ficaria cinco anos sem fazer personagens que exigissem essa ida embora de mim mesma por alguns meses. Queria ficar perto dela e fazê-la primeiro entender o que é a minha vida. Ela faz cinco anos no fim do ano, e eu estava me organizando para voltar ao cinema com uma grande personagem", disse.
Já sobre a relação com o marido, Hugo Moura, a atriz revelou que passou por um susto recentemente. "Descobri que o meu implante hormonal estava vencido... E a gente ficou em pânico. Tivemos que repensar, saímos para comprar preservativo. Não posso engravidar, estou no meio de um trabalho."
Ainda sem data para retomar as gravações da novela, Deborah diz que fica imaginando como será a volta ao trabalho. "Conversamos bastante sobre como vai fazer, mas ninguém tem uma reposta ainda. Há uma possibilidade de retorno em julho, agosto, setembro ou no ano que vem. Muito se diz que vamos retornar talvez sem maquiadores, cabeleireiros, fazendo a nossa própria caracterização, com a equipe usando aquela roupa de médico de UTI. Mas a grande verdade é que não sabemos. A gente nem sabe se está no auge da pandemia, se caminhamos para ele... Como é algo que nunca vivemos, ninguém consegue dar um parecer preciso. A gente fica tentando imaginar."
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