Marina Ruy Barbosa critica 'cancelamentos' e gestão Bolsonaro na Cultura
A atriz Marina Ruy Barbosa criticou a cultura do cancelamento que se tem observado nas redes sociais, de tolerância zero com erros apontados na vida de diversas personalidades. Ela também criticou a gestão do governo em relação à cultura.
Em entrevista ao jornal O Globo, ela lembrou que as redes sociais podem ser usadas de uma maneira mais benéfica.
"A rede social dá voz para muita gente e oportunidade de lutar por causas importantíssimas e urgentes. Mas acho a cultura do cancelamento agressiva. Todo mundo já errou, erra e vai errar. Ninguém é perfeito", afirmou a atriz.
"Sei da minha importância como ser humano, mulher e cidadã e do que quero para o mundo. Tento não deixar isso me enlouquecer e faço a minha parte. Como influenciadora, quero criar pontes e diminuir muros entre marcas e pessoas", explicou Marina.
Cultura e Mário Frias
A atriz também criticou a atual gestão do governo comandado por Jair Bolsonaro (sem partido), principalmente em relação à cultura. Sobrou para o secretário Mário Frias, que entrou no lugar de Regina Duarte
"A cultura brasileira não tem sido prioridade do governo há algum tempo e isso ficou ainda mais evidente durante a pandemia. Minha opinião como cidadã é que a gente precisa de técnicos ocupando cargos públicos. O fato de Mário Frias pertencer à área não o torna capacitado para ser um gestor público", analisou.
"A quarentena fez com que todo mundo desse mais valor para a arte. Como as pessoas estão se entretendo? Existe um time muito grande envolvido em todos processos artísticos. É necessário ter respeito por todas as áreas e por todas as pessoas", afirmou a atriz.
Vida doméstica e ser mãe
Marina admitiu não ser uma grande cuidadora do lar e afirmou que o marido, Xande Negrão, comanda essa parte da vida do casal.
"Confesso que meu marido é melhor nas tarefas domésticas do que eu. Ele cozinha bem e é mais organizado. Não sou tão boa dona de casa assim e me considero desorganizada, apesar de me entender na minha bagunça. Durante a quarentena, fiquei responsável pela limpeza da casa e ele, pela cozinha. Xandinho faz massa muito bem", contou ela.
"Acredito num processo evolutivo: não sou a mesma mulher de cinco anos atrás, quando a gente se conheceu, nem ele é o mesmo homem. A vida vai mudando a gente. Casamento é uma escolha diária, é optar pela outra pessoa todos os dias. E isso é muito bonito", opinou.
Marina também disse que quer ser mãe. "Está nos meus planos e é um sonho. Mas não é um sonho para agora. Também acho que esta é uma decisão principalmente da mulher. No momento que chegar a hora, vou sentir. Xande é dez anos mais velho do que eu e quer muito ter filhos. Por ele, talvez a gente já os tivesse. Porém, ele se casou comigo sabendo da minha personalidade, da minha independência e do amor pelo meu trabalho."
Marca sustentável
Marina está lançando uma marca de roupas sustentável, a Ginger, e vai doar parte dos ganhos de sua primeira linha para uma ONG que incentiva a profissionalização e o empreendedorismo de jovens da periferia no universo da tecnologia e da inovação.
"Esta marca é um filho para mim. Sempre gostei de moda. Como atriz, tive a oportunidade de viajar, assistir a desfiles e estar perto de designers. Meu interesse foi aumentando. Já tinha a ideia da grife, mas estava sempre emendando uma novela na outra e envolvida em mil compromissos, sem tempo. Durante a quarentena, pensei: 'Por que não? Vou desenvolver esse projeto'", contou ela.
"Na Ginger, quero unir moda, sustentabilidade e arte. A indústria fashion é uma das mais poluentes do mundo, mas também é a que mais emprega mulheres. Prezo pela escolha de tecidos que não façam mal ao ambiente, quero que a marca seja o mais sustentável possível em relação ao processo como um todo. É uma maneira de eu realizar um sonho e, ao mesmo tempo, retribuir para a sociedade", finalizou.
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