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Antonia Fontenelle funda associação de mães e canal infantil no YouTube

Antonia Fontenelle abriu fundação e canal infantil no YouTube - Divulgação
Antonia Fontenelle abriu fundação e canal infantil no YouTube Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/08/2020 17h52

Antonia Fontenelle, que está em uma guerra judicial contra os irmãos Felipe e Luccas Neto, anunciou em entrevista para a IstoÉ Gente que fundou a Associação Mães do Brasil, além de um canal destinado ao público infantil no YouTube.

"Eu atendi um grito dos pais do Brasil inteiro, mães e pais pedindo ajuda para tirar os filhos de canais de cunho sexual e que não ensinam nada. É um trabalho de conscientização. Com a fundação, eu estou dando caminho para os pais que querem tirar seus filhos de programações horríveis, desnecessárias, que deseducam. A minha causa principal é brigar contra a erotização crianças e educar", contou a apresentadora.

A associação foi fundada ao lado da advogada Flávia Ferronato e a empresária Walquiria Freitas. Sobre o projeto, ela afirmou: "A Associação Mães do Brasil contará com teatro de fantoche e desenho animado. Estou trabalhando 24 horas nisso, já montei uma equipe com 40 pessoas. O que me move a criar tudo é ser mãe e avó".

Já o canal no YouTube se chamará "La Lata Kids" — fazendo referência ao canal que ela já mantém na plataforma. A inspiração veio, justamente, dos processos que recebeu dos irmãos Neto.

"Após eu ter sido processada pelos irmãos Neto, eu fui dar um mergulho nesse universo e eu percebi o quão problemático está essa questão da erotização infantil, do desserviço dos canais do YouTube para as crianças", afirmou.

Guerra judicial

Os youtubers Felipe e Luccas Neto entraram com uma ação judicial contra a apresentadora e atriz Antônia Fontenelle. Eles pedem uma indenização de R$ 200 mil (R$ 100 mil para cada) por conta da artista ter associado os irmãos ao crime de pedofilia.

A defesa dos irmãos alegou, a respeito do vídeo de Luccas, que a produção educativa diz respeito ao momento em que ele "descobre no freezer uma garrafa cenográfica feita de açúcar, que se parece com vidro. A garrafa é comestível, como um doce. Por isso o autor coloca na boca".

Sobre o vídeo de Felipe, a defesa diz que, na época de sua veiculação, ele não produzia conteúdo direcionado ao público infanto-juvenil. "(A alegação) não passa de um delírio maldoso da própria ré, sem qualquer fundamento, tendo em vista que em momento nenhum falou-se de menores de idade!", explicaram os advogados na petição.

Tanto Felipe quanto Luccas pedem, além dos R$ 100 mil de indenização para cada, a retirada imediata das publicações da apresentadora do "Na Lata" feitas no Instagram e que eles consideram ofensivas. Também pedem retratação pública e o pagamento de honorários advocatícios. Posteriormente, Felipe entrou com mais dois processos contra ela.

Pelo seu Instagram, Antônia Fontenelle reagiu na época sobre o processo. "Ué, não entendi isso, hoje em dia a gente fica sabendo que está sendo processado pela imprensa. E eu que achei que o trâmite normal seria um oficial de justiça vir na casa entregar a intimação. É O APOCALIPSE", indignou-se.

"E o que mais me chama atenção é que o povo só quer saber de dinheiro, ninguém fala de honra, estamos vivendo uma época aonde o dinheiro compra tudo, até honra. Não a minha. E por último irmãos Neto, principalmente você @felipeneto: podem vir quente que eu estou fervendo. Moleque covarde. Qualquer hora dessas vou tirar um tempinho para relatar nosso primeiro E ÚLTIMO encontro na tua produtora lá em Santa Teresa. Foi lá que eu descobri que você sim é mau-caráter", acusou a apresentadora.

O UOL entrou em contato com a assessoria de Felipe e Luccas Neto, que enviou a seguinte declaração: "Felipe Neto e Luccas Neto informam, por meio de sua assessoria, que todas as pessoas responsáveis pela criação ou compartilhamento de qualquer material relacionando suas imagens ao crime de pedofilia, serão processadas na justiça cível e criminal", dizia um trecho do comunicado.