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'Quero deixá-lo livre para ser criança', diz Junior sobre criação de Otto

Assim como a irmã, Sandy, Junior Lima mantém em sigilo o rosto do filho  - Reprodução/Instagram/@junior_lima
Assim como a irmã, Sandy, Junior Lima mantém em sigilo o rosto do filho Imagem: Reprodução/Instagram/@junior_lima

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/08/2020 13h43Atualizada em 07/08/2020 13h48

Junior Lima falou sobre sua experiência com a paternidade em uma entrevista especial de Dia dos Pais. O músico explicou sua decisão de proteger a identidade do filho, Otto, de 2 anos, afirmando que quer que o menino passe pelas fases que ele "teve que abafar" como consequência da fama precoce.

"Quero deixá-lo livre para ser criança, depois ser adolescente e viver as inseguranças e a rebeldia dessa fase, que foram coisas que eu tive que ir abafando na minha vida", contou Junior em conversa com a revista Quem.

O músico de 36 anos posou para uma sessão de fotos comandada pela esposa, Monica Benini, seguindo a condição de não mostrar o rosto de Otto. Ao falar sobre um possível interesse do menino por uma carreira artística, Junior afirmou que não seria contra, mas incentivaria o filho a não começar a trabalhar ainda criança.

"Não é que eu não queira que ele siga a vida na música. Eu o desencorajaria a fazer isso na infância. Sou extremamente bem resolvido com o que fiz e vivi, mas se puder poupar meu filho de algumas coisas barra pesadas, vou poupar. Vou sempre incentivar esperar a hora certa, deixar mais pra frente, caso ele resolva seguir o exemplo do pai", explicou o irmão de Sandy, com quem começou uma dupla aos cinco anos de idade.

Apesar de torcer para que o filho não siga seus passos tão cedo, Junior contou que Otto já mostrou seu gosto pelo mundo musical.

"Ele é superconectado com a música, apaixonado pela guitarrinha dele, bateria. Diariamente ele me chama pra fazer um som. Se ele resolver ficar apaixonado por isso mesmo e seguir essa história, vou estar superpresente. Assim como se ele resolver seguir qualquer outra coisa, vou apoiá-lo. O importante é ele se realizar, fazer as coisas que ele realmente deseja", afirmou.

Junior também falou sobre a vida da família durante a quarentena, contando que se refugiou no campo com Monica e Otto, depois de passar por uma "montanha russa" trancado em seu apartamento na capital de São Paulo.

"Já estamos há tanto tempo nesse isolamento, que já sentimos de tudo. No começo até senti uma certa depressãozinha, uma tristeza profunda de ver o que estava acontecendo no mundo todo. Chegou um ponto em que comecei a evitar ver jornal, só de vez em quando para não ficar alienado. Aí chegou uma hora que começou a complicar ficar no nosso apartamento em São Paulo, aquilo estava sufocando e viemos para perto da natureza".

O músico ainda falou sobre qual lição que aprendeu com o pai, o cantor sertanejo Xororó, pretende passar para o filho.

"Quero passar a seriedade, o senso de justiça, de olhar para o próximo, de não diferenciar uma pessoa da outra. De manter os pés no chão, apesar de voar extremamente alto, se vai voar alto, saiba se ancorar. De saber extrair o melhor do meio que vive. A maneira de tratar a esposa, parceiro, parceira, quem ele resolver ter na vida. O respeito, como se relacionar, como habitar o mundo", refletiu.

Já ao falar de seus aprendizados com o filho, Junior definiu "a entrega completa" para a paternidade como uma experiência transformadora em sua vida.

"O que não mudou, né?! Tudo! Me virou do avesso, mas aquele avesso que está certo. É uma transformação completa, não dá para passar ileso dessa experiência, não dá para não ter uma transformação absoluta na vida se você fizer com a entrega completa o lance da paternidade. A gente meio que encontrou uma nova dinâmica até do casal, porque entrou um novo elemento extremamente importante, muda tudo, os horários, a rotina, a maneira de enxergar as coisas".