Maria Beltrão chora com homenagem de ilustradora à avó vítima da covid-19
Maria Beltrão se emocionou hoje após assistir à homenagem da ilustradora Taíssa Maia à avó Maria José, vítima do novo coronavírus. Os quadrinhos feitos por Taíssa, descritos por ela como "uma história de luto, mas também de amor e carinho", relatam como a covid-19 afetou toda sua família em abril.
"Eu procuro ler tudo antes para não me emocionar no ar, mas mesmo assim eu me emociono", disse a apresentadora do "Estúdio i", da GloboNews, com a voz embargada. "Eu conheço pessoas... que passaram pelo que você passou... ih, pronto!", completou, já tentando segurar o choro.
Maria justificou a emoção com o fato de conhecer pessoas em situação similar à de Taíssa, que viu seus dois avós, casados há 61 anos, contraírem a covid-19. Na história em quadrinhos, Taíssa conta como foi acompanhar a avó "de longe", já que não podia visitá-la no hospital, e a tristeza com o velório rápido, comum às vítimas da doença.
"É difícil porque conheço gente com a situação muito parecida. A dificuldade do velório... Que bom que você joga uma luz de esperança nessa história também, você fala do amor da sua família. Desculpa, é que a emoção...", explicou Maria enquanto enxugava as lágrimas.
Motivação de Taíssa
Questionada por que decidiu escrever a história de sua família, a ilustradora explicou que queria fazer uma homenagem à avó, perdida "de uma hora para a outra, e ao avô, que conseguiu se recuperar da covid-19.
Além disso, Taíssa esperava que os relatos ajudassem outras pessoas, uma vez que, à época, ainda pouco se sabia sobre a doença. Além de seus avós, a ilustradora e sua mãe também foram infectadas.
"Não teve como se despedir, não teve como fazer nada. Eu queria fazer uma coisa por ela e também pelo meu avô, que continuou aqui. Enquanto eu estava escrevendo esse roteiro, eu percebi que não tinha como não contar essa história, porque ela também tinha como ajudar outras pessoas a se protegerem", disse.
Taíssa ainda contou que foi procurada por muita gente que afirmou ter usado sua história em quadrinhos para conscientizar familiares e pessoas próximas que não acreditavam na gravidade da pandemia.
"Eu espero realmente que [minha história] esteja ajudando as pessoas a terem uma dimensão maior [da covid-19]. É uma situação muito fora da curva, você pensar que pode perder uma pessoa por um negócio que você não pode ver. A gente se protegeu bastante e, mesmo assim, a gente teve", alertou.
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