Antônio Fagundes relembra presente inusitado de fã: 'Me emociona até hoje'
Com mais de cinquenta anos de carreira, Antônio Fagundes nunca esqueceu de um presente um tanto inusitado que ganhou de uma fã em 1985, época em que além de brilhar na televisão, também se dedicava ao teatro. A história por trás da lembrança, inclusive, o emociona até hoje.
No "Que História É Essa, Porchat?" de ontem, na GNT, o ator de 71 anos relembrou: "Naquela época eu tinha uma companhia de teatro chamada 'Companhia Estável de Repertório', e ocupávamos o Teatro Cultura Artística, em São Paulo, que ficava em uma rua cheia de 'inferninhos' (também conhecidos como casas de tolerância)".
O espetáculo que Fagundes e sua companhia estavam apresentando era o "Cyrano de Bergerac", que, segundo o ator, tinha todas as sessões esgotadas para 1.200 pessoas de quarta-feira a domingo. E, devido a essa demanda, o grupo começou a fazer algumas apresentações a preços populares.
"Certo dia, eu estava [no camarim] me preparando para entrar em cena e o porteiro do teatro bateu na porta e disse que uma mulher gostaria de falar comigo, e me entregou um presente que ela havia mandado", recordou ele, e continuou: "Era uma garrafa de Coca-Cola com uma rolha de jornal na tampa e um líquido amarelo dentro. Eu cheirei e era uísque, mas não consegui falar com ela naquele dia".
Passou um tempo e a mesma mulher voltou para conversar com Fagundes, que a recebeu na porta do local. "Era uma senhorinha humilde, e ela me disse: 'Sr. Fagundes, fui eu que lhe enviei aquele presente outro dia. Eu sou faxineira e trabalho nessas casas ai na frente. Eu nunca tinha vindo ao teatro e juntei R$ 1 por mês durante um ano e meio, dois anos, para conseguir comprar o ingresso e poder ver a sua peça'".
A senhora continuou falando para o ator: "Eu gostei tanto do espetáculo e sai tão emocionada que resolvi lhe enviar um presentinho. Eu peguei uma garrafinha de Coca-Cola e todo dia em que eu estava fazendo faxina, eu via que sobrava um restinho de uísque [dos clientes] e colocava na garrafinha para o senhor. Mas, não era do copo, não, era da garrafa. O senhor gostou?".
Comovido com o que ouviu, Fagundes respondeu educadamente que gostou do presente, mas falou que gostou muito mais dela ter conseguido assistir a peça. "Eu quase morri de chorar naquele momento e me emociono até hoje com essa história", revelou Fagundes, que a convidou a voltar ao teatro outras vezes.
Novo Formato
Devido às restrições do isolamento social por causa da pandemia do coronavírus, o "Que História é Essa, Porchat?" aderiu a um novo formato totalmente remoto. Sem plateia e sem convidados presentes, Fábio Porchat, o único a estar no estúdio, conversa com os personagens através de videoconferências exibidas em telões em um cenário caprichado.
O molde é o mesmo que o humorista vem fazendo no programa "Papo de Segunda", em que sozinho, e diretamente do estúdio, dialoga com os outros apresentadores e convidados de forma online.
Os capítulos inéditos da nova temporada do "Que História É Essa, Porchat?" são exibidos às terças-feiras, às 22h30, com reprises às quintas no mesmo horário, na GNT.
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