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Giulia Gam diz que psiquiatra acompanhava cenas de 'Mulheres Apaixonadas'

Giulia Gam contou que chegou a frequentar um grupo de apoio à mulheres com ciúmes possessivo para ajudá-la na personagem - Divulgação/TV Globo
Giulia Gam contou que chegou a frequentar um grupo de apoio à mulheres com ciúmes possessivo para ajudá-la na personagem Imagem: Divulgação/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

10/09/2020 10h22

A atriz Giulia Gam revelou que um psiquiatra foi contratado pela equipe da novela "Mulheres Apaixonadas" (2003) para auxiliar nas gravações. Na trama, Giulia interpretava Heloísa, uma mulher extremamente ciumenta.

Giulia contou ao Instagram 'Noveleiros Real' que a cena mais difícil do papel foi o momento que sua personagem foi internada compulsoriamente em uma clínica psiquiátrica.

"Saí do estúdio, e o psiquiatra veio me ver correndo porque estava preocupado. Ele me perguntava se eu estava bem porque ele dizia que eu estava num surto psicótico na cena e se preocupou. Eu disse que estava bem. Mas eram cenas muito fortes", explicou Giulia.

A atriz ainda comentou que essa não foi a única vez que ela teve apoio psicológico em um trabalho. Na minissérie "O primo Basílio" (1988), quando interpretou Luísa, o trabalho também foi acompanhado e auxiliado por um psicólogo a pedido do diretor Daniel Filho.

"Chegou uma hora que eu levava aquela angústia da Luísa comigo, eram muitas cenas gravando por dia, uma carga dramática... Ele sabia que poderia acontecer isso e me deu apoio", recordou.

'Mulheres Apaixonadas'

Ainda durante a conversa, Giulia afirmou que Manoel Carlos, autor de "Mulheres Apaixonadas", chamou-a para jantar e explicou como ele gostaria que a atriz interpretasse a personagem.

"O Maneco [Manoel Carlos] me chamou para jantar e me deu o livro 'Mulheres que Amam Demais' e pediu para manter isso em segredo, ler e não contar para ninguém. Me adiantou que Heloísa seria uma mulher ciumentíssima, mas que eu fosse interpretando devagar e que na hora em que ela fosse mudar, ele me avisaria", lembrou.

Ainda para o papel, Giulia recordou que chegou a frequentar o grupo de apoio MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas), para ouvir o relato de outras mulheres com ciúmes possessivo e conseguir construir a personagem da melhor forma possível.

"O Maneco nunca tinha ido [ao MADA] porque homens não podiam frequentar. Cheguei lá e as pessoas me olharam desconfiadas. Me perguntaram se eu tinha a mesma doença. Eu disse que tinha outras questões e falei que gostaria de ouvir os relatos para não fazer uma caricatura. Mas prestar um serviço e mostrar o grande sofrimento que é tudo isso", analisou a atriz.