Atriz Paula Picarelli diz carregar traumas por experiência em seita
A atriz Paula Picarelli, conhecida pelo papel de Rafa em "Mulheres Apaixonadas" (atualmente em reprise no Canal Viva), ainda carrega traumas de sua experiência em uma seita.
A artista escreveu há dois anos um livro de ficção, "Seita - O dia em que entrei para um culto religioso", por meio do qual narra algumas das experiências reais vividas em uma seita que envolvia o consumo de ayahuasca — chá ritual que altera a consciência. Ela diz que acreditou que, depois de publicar o livro, achou que se "livraria dessa história", mas não foi bem assim.
"Ainda está tudo em mim de algum jeito. Tenho lido a obra de uma psicóloga norte-americana que fala especificamente de traumas religiosos. Ela diz que as pessoas que passam por isso têm um quadro parecido com a síndrome do estresse pós-traumático. Acho que é por aí mesmo", disse, em entrevista à coluna de Patricia Kogut, do jornal O Globo.
"Foram oito anos desde que saí da seita até eu decidir escrever o livro. Pensava que era uma porta que tinha fechado e não queria olhar para trás. Mas, depois, comecei a pensar na responsabilidade que eu tinha. Sabia que ainda havia muita gente na mesma situação que eu. Ficava aflita ao ouvir histórias de práticas que continuavam ocorrendo com pessoas que se envolvem com esse tipo de culto", disse.
"Me angustiava também o fato de termos no governo uma religião se impondo e querendo determinar comportamentos e regras. Por isso tudo, senti que tinha que dividir essa experiência. Apesar de o livro ser uma ficção, o sentimento ali presente é verdadeiro."
Em entrevista ao UOL, na época do lançamento do livro, a artista disse ter sido manipulada pela seita, cujo nome não revela. "Não sou contra o chá de ayahuasca. Sou contra o mau uso. Se você usa dentro de uma seita e dentro dela você é manipulado, está em transe, com a consciência alterada, me posiciono contra", disse.
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