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Evangélica, Piovani critica Ana Paula Valadão por 'tirania' e defende gays

Luana Piovani critica Ana Paula Valadão: "Deus é amor" - Reprodução/Instagram
Luana Piovani critica Ana Paula Valadão: 'Deus é amor' Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em Santos

15/09/2020 10h25

Luana Piovani considera "tirano" o discurso da cantora gospel Ana Paula Valadão de que ser homossexual "não é normal", culpando os homens gays pela aids. Em vídeo postado nas redes sociais, a atriz, que se diz evangélica, afirma que não se identifica com o cristianismo professado pela pastora.

"A gente está vivendo, graças a Deus, esse momento um pouco mais lúcido e consciente, em que a gente entende que não basta só cuidar da vida da gente e que calar é consentir", disse Luana, no vídeo publicado no Instagram, ao explicar por que decidiu se pronunciar.

Ela se lembrou da época em que frequentava cultos às quartas-feiras com a avó, quando era mais nova. "As pessoas eram gentis e a gente cantava feliz. Não tinha essa energia de 'alguma coisa que a gente não quer'", disse.

"Quando vejo esses templos gigantes e esse tipo de posicionamento, não me sinto representada [como evangélica]. Não me sinto representada por esses cultos fervorosos com gritos, 'treme-treme' e esse discurso de ódio, horroroso, sem empatia e cruel, ainda mais quando você fala para uma massa em um país que não tem educação", afirmou.

Luana classificou as falas de Ana Paula Valadão como "uma irresponsabilidade e uma tirania sem fim". "Como alguém fala até hoje que homossexualidade é uma escolha? Que Deus castiga e que gosta mais de um ser humano do que outro?", questionou.

Ela defendeu que a pastora deve "pagar" pelo que disse e pediu que outras pessoas evangélicas se manifestem contra ela.

A polêmica

Ana Paula Valadão foi criticada nas redes sociais depois que um vídeo do Congresso Diante do Trono de 2016, em que ela faz declarações consideradas homofóbicas, viralizou no Twitter.

A pastora e cantora gospel diz, entre outras coisas, que ser gay "não é normal". "A aids está aí para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte", disse.