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De briga política a dicas de sexo: Bruna Surfistinha chega aos 36 anos

Bruna Surfistinha faz 36 anos hoje; Raquel Pacheco deixou de lado a prostituição e se tornou escritora, empresária e DJ - Reprodução/Instagram
Bruna Surfistinha faz 36 anos hoje; Raquel Pacheco deixou de lado a prostituição e se tornou escritora, empresária e DJ Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

28/10/2020 04h00

Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, celebra hoje 36 anos. Escritora, empresária, DJ, bissexual, feminista e ex-prostituta, ela ganhou fama em 2005, quando decidiu compartilhar a rotina de programas que fazia em São Paulo e seus dilemas pessoais em um blog.

O sucesso foi tanto que ela virou livro: "O Doce Veneno do Escorpião", em que narra as aventuras e dá dicas para que a relação sexual seja mais prazerosa.

O livro inspirou o filme "Bruna Surfistinha". E Bruna deixou de existir com Raquel se aposentando do ramo. Mas ainda hoje ela oferece ensinamentos e, mais ainda, opina publicamente e defende pautas.

Experiência com clientes, dilemas resolvidos

Ainda como Bruna, ela afirmou que viveu transas na cama — que eram horríveis — e passava a entender o problema da relação do cliente: a mulher jamais sentiria prazer com ele.

Uma delas, como contou ao canal Sexlog TV, é o sexo oral na mulher.

Eles comentavam que a mulher não gostava de ser estimulada. E eu entendia. Porque era horrível!"

Fetiches, famosos e nada de fofoca

Outra passagem de Bruna é fazer penetração em homens. Ano passado, quando participava de uma feira erótica no Rio de Janeiro, ela lembrou da época em que mais fez a prática.

"Fui muito Bruno, teve uma época que fui mais Bruno do que Bruna", comentou. Em meados dos anos 2000, até celebridades chegaram a procurá-la para realizar os fetiches.

Eu comi ele. Chamava [isso] de 'Bruno'"

"O mais legal foi um jogador de futebol. Teve um cantor sertanejo, mas ele não era tão conhecido, hoje ele é. Estamos falando de alguns anos atrás, ele estava começando", completou.

Muitas experiências

Já aposentada da prostituição e com o filme homônimo e estrelado por Deborah Secco lançado, Raquel afirmou que já fez mais de 3 mil programas.

A média seria de mil por ano, segundo disse em entrevista ao extinto "Tudo é Possível" da Record, em 2011.

Icônica e escritora

Voltando no tempo, vivendo seu auge em 2006, ela deu entrevista ao Bate-papo UOL e afirmou que, ao lançar um livro com seus depoimentos e descrição da rotina, ela abriu portas para outras escritoras.

Fui pioneira. Talvez se não tivesse lançado o livro, muitas não teriam dado a cara para tapa. Me sinto especial"

Passando o aprendizado

Raquel lançou espécies de workshops para ajudar as pessoas no prazer carnal. Um deles custa R$ 350, e é voltado especialmente ao mundo feminino.

A mulher deve buscar o prazer dela. O homem só é beneficiado indiretamente"

Na descrição, Bruna pretende abordar fetiches, amor-próprio, sexo oral e anal, masturbação feminina, sexo tântrico e pompoarismo — tendência que ela acredita estar aumentando.

Ela afirma que não é terapeuta, mas que a sua experiência com o sexo pode ajudar, principalmente, as mulheres na busca do prazer.

Posicionamentos políticos

Bruna também mostra que tem o direito de participar da vida política e social do Brasil, rebatendo quem acredita que ela não tem moralidade para isso.

Quando questionou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre os depósitos suspeitos de Fabrício Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, ela foi atacada nas redes sociais.

Eu, como cidadã, tenho direito de questionar e cobrar respostas e assim o farei, sem temer com essas represálias"