Márcio Gomes diz que não foi só pelo salário que trocou Globo por CNN
Márcio Gomes estreia na tela da CNN no dia 9 de novembro. Após 24 anos na Globo, o repórter que ganhou destaque com a cobertura da pandemia do coronavírus agora estará à frente de seu próprio programa: o "CNN Prime Time". Em entrevista ao UOL, ele revelou o que motivou sua saída da Globo e as expectativas com o novo emprego.
Antes de mais nada, o jornalista afirmou que a decisão foi muito conversada com a Globo e que sai pela porta da frente do canal carioca:
Foram 24 anos maravilhosos. Mas nada é para sempre. Na minha opinião, você tem que se mexer, é saudável.
Márcio conta que decidiu topar a proposta da CNN por causa do salário, na faixa de R$ 100 mil por mês, e também pelo novo desafio:
Não adianta nada ser um supersalário e o trabalho ser uma coisa que você não gosta, ou igual ao que você fazia antes. Aí não significaria nada para mim.
A proposta veio num momento oportuno: "Eu estava me sentindo um pouco parado na Globo depois de 24 anos". Mesmo como coringa da emissora durante este ano, Márcio disse que sua experiência profissional no Japão subiu a régua no quesito desafio.
O jornalista foi correspondente no país pela Globo durante 5 anos, e teve de retornar em 2018 para o Brasil: "Mas voltei meio triste porque eu adorava o trabalho, o ritmo, a liberdade. Quando voltei, senti falta de ser movido a desafios".
Se era desafio que Márcio queria, desafio ele teve. O "CNN Prime Time" é inspirado no telejornal americano da emissora, o "Cuomo Prime Time". Nele, o apresentador Chris Cuomo questiona políticos e jornalistas dos EUA. Por isso, queríamos saber qual pergunta Márcio Gomes faria para Bolsonaro, caso ele participasse do programa:
Bolsonaro, por que essa insistência em falar da vacina? Por que tem tanta vontade de ditar as coisas num assunto que não é especialista? Por que não ouve os médicos?
Márcio ressalta a importância da medicina e da ciência em questões de saúde pública e disse que faria várias perguntas para o presidente em relação à pandemia. E ainda opina sobre a postura de Bolsonaro:
Quando o presidente fala que a vacina não pode ser obrigatória, eu acho que ele acaba criando um estigma que só vai afastar as pessoas.
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