Veja fala de Constantino sobre caso Mari Ferrer que gerou demissão na JP
O jornalista Rodrigo Constantino afirmou hoje que castigaria a filha — e não denunciaria o agressor para a polícia — se ela fosse vítima de estupro bêbada durante uma live no YouTube em que comentava o caso de Mariana Ferrer.
"Se minha filha chegar em casa, e eu dou uma boa educação para que isso não aconteça, mas a gente nunca controla tudo, se ela chegar em casa um dia dizendo 'pai, fui numa festinha e fui estuprada', eu vou pedir as circunstâncias", começa Constantino no discurso.
"'Fui para uma festinha, eu e três amigas, tinha dezoito homens, nós bebemos muito e eu estava ficando com dois caras e acabei dormindo lá e fui abusada', ela vai ficar de castigo feio. Eu não vou denunciar um cara desses para a polícia, eu vou dar um esporro na minha filha. Por que alguma coisa ali ela errou feio, e eu devo ter errado para ela agir assim", continuou o comentarista. A fala rendeu críticas e revolta na internet. Assista:
Após o comentário do jornalista e pressão dos internautas, a Jovem Pan anunciou hoje o desligamento de Constantino do quadro de comentaristas da rádio.
"Diante do ocorrido nesta quarta-feira em uma live independente promovida fora de nossas plataformas por um de nossos comentaristas, o Grupo Jovem Pan esclarece que desaprova veementemente todo o conteúdo publicado nos canais pessoais e apresentado nessa live. Reafirmamos que as opiniões de nossos comentaristas são independentes e necessariamente não representam a opinião do Grupo Jovem Pan", afirmou a empresa em nota.
O caso Mariana Ferrer
O processo criminal envolvendo o empresário André Camargo de Aranha e a promoter Mariana Ferrer, no qual ele foi acusado de estuprá-la, causou indignação nas redes sociais. Segundo Ferrer, o estupro ocorreu em dezembro de 2018 durante uma festa em um clube de luxo em Florianópolis. Ela diz que havia bebido e que, posteriormente, foi dopada e estuprada por Aranha. Ele nega o crime. O empresário foi inocentado pela Justiça, a pedido do Ministério Público, órgão responsável pela acusação.
No julgamento, em que Ferrer acusa o empresário André Aranha de estupro, a vítima foi humilhada pelo advogado de defesa diante do juiz. Em certo momento, Ferrer pede respeito e aponta que estava sendo tratada como acusada, não como vítima. Aranha foi inocentado e prevaleceu a tese de "estupro sem intenção", em que o empresário não teria como saber da falta de consentimento da vitima.
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