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Filha de Belo é solta um mês após ser presa suspeita de golpes eletrônicos

Isadora Alkimin Vieira é a filha caçula do cantor - Reprodução/Instagram
Isadora Alkimin Vieira é a filha caçula do cantor Imagem: Reprodução/Instagram

Marcela Ribeiro

Do UOL, no Rio

07/12/2020 20h04

Isadora Alkimin Vieira, filha mais nova do cantor Belo, saiu hoje do Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela havia sido presa em novembro, suspeita de integrar uma quadrilha de golpes eletrônicos.

A estudante de Odontologia, de 21 anos, foi presa com outras 11 mulheres pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). A quadrilha é suspeita de agir em conjunto com a maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Hoje, por decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), sete delas tiveram a prisão preventiva revogada — dentre elas, Isadora. As outras cinco mulheres, presas em novembro, já cumprem prisão domiciliar por terem filhos menores de 12 anos.

Agora, elas devem cumprir medidas cautelares, como informarem as autoridades sobre suas atividades uma vez por mês, não entrarem em contato com as supostas vítimas dos golpes e não saírem de casa à noite ou nos dias de folga.

O advogado criminalista Ronaldo Brito, representante de Kamilla Ribeiro, uma das mulheres presas, contou ao UOL que elas foram soltas por não terem antecedentes criminais.

"No meu caso comprovamos que a acusada era primária, portadora de bons antecedentes. Com isso, não oferece perigo à ordem pública sendo garantido a presunção de inocência. As demais foram soltas no mesmo sentido".

De acordo com a acusação, as mulheres induziam as vítimas dos golpes a repassarem seus dados bancários e entregarem cartões a motoboys que, na verdade, eram outros integrantes da quadrilha. Uma denúncia anônima permitiu que policiais da DCOD encontrassem a "central" de golpes na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Na ocasião da prisão, o delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas, Gustavo Castro, conversou com o UOL e deu detalhes do crime.

"As 12 mulheres foram presas em flagrantes pelo crime de organização criminosa que tem uma pena de três a oito anos e vão também responder por cada estelionato que praticaram."

Elas trabalhavam em uma central clandestina de telemarketing, montada em um apartamento alugado na Barra da Tijuca.

"Ganhavam 15% de comissão, que girava em torno de R$ 5 mil a R$ 6 mil por cada golpe aplicado", completou.

Na época da prisão, Belo se disse surpreso com a notícia em comunicado enviado ao UOL:

Eu não sabia de absolutamente nada, falei com ela semana passada por telefone e ainda perguntei de tudo, da faculdade e tal. Dei sempre todo suporte como pai, pensão, faculdade, educação e amor. Me sinto muito triste e quero ser respeitado nesse momento.