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Pornhub anuncia mudanças após acusações de vincular estupro e pedofilia

Pornhub sofre acusações de permitir a publicação de vídeos com conteúdo criminoso  - Reprodução/Pornhub
Pornhub sofre acusações de permitir a publicação de vídeos com conteúdo criminoso Imagem: Reprodução/Pornhub

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/12/2020 10h40

O site de conteúdo pornográfico Pornhub anunciou que irá mudar a sua política de conteúdo, logo depois que o jornal The New York Times publicou uma denúncia que acusa a plataforma de permitir a publicação de vídeos de abuso sexual infantil, "pornografia de vingança" e estupro.

Como proposta para impedir a disseminação desse tipo de conteúdo criminoso, a gigante da pornografia disse que proibiu o download de vídeos e anunciou que irá permitir apenas que parceiros e perfis verificados pelo site carreguem conteúdo no site adulto.

Em 2021, haverá também a implementação de uma ferramenta de verificação para aprovar vídeos carregados por qualquer usuário. A empresa se comprometeu a expandir a moderação de conteúdo para combater a vinculação de material ilegal por meio de um time apelidado de "Red Team".

"Embora a lista de palavras-chave proibidas no Pornhub já seja extensa, continuaremos a identificar palavras-chave adicionais para remoção [do conteúdo criminoso] em uma base contínua. Também monitoraremos regularmente os termos de pesquisa dentro da plataforma para [constatar os] aumentos em frases que tentam contornar as salvaguardas em vigor", prometeu a empresa.

No ano que vem, outra novidade anunciada pelo Pornbub é a publicação do seu primeiro relatório de transparência, documentando ações para a moderação do conteúdo e relatórios arquivados no NCMEC (Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas).

Pornhub - Reprodução/Pornhub - Reprodução/Pornhub
Pornhub é uma das maiores plataformas de pornografia online do planeta
Imagem: Reprodução/Pornhub

Atividade ilícita

O The New York Times relatou que o Pornhub permitiu recentemente playlists com nomes como "menos de 18", "a melhor coleção de meninos" e "menores de idade". A companhia disse ao jornal que qualquer acusação de que a empresa permite vídeos de pedofilia no site "é irresponsável e flagrantemente falsa".

A denúncia acabou pesando nas parcerias do site adulto. Empresas de cartões, como Mastercard e Visa, anunciaram que estão revendo negócios com a Pornbub, depois que as acusações de conteúdo ilegal vieram à tona.

As companhias de crédito são vitais para o site adulto, que disponibiliza a maioria dos vídeos gratuitamente, mas possui uma opção de assinatura mensal. No Brasil, o valor cobrado por esse serviço é de pouco mais de US$ 9,99 (cerca de R$ 50 por mês).