Cantor Otto pinta e vende quadros como 'ganha-pão' durante a quarentena
O cantor Otto decidiu se reinventar durante o período de isolamento provocado pelo coronavírus. Longe dos palcos, o pernambucano se viu mergulhando em outras formas artísticas. Ele passou a se dedicar à pintura e o que era um hobby despretensioso, tornou-se um ganha-pão em tempos de pandemia
"Começo de manhã bem cedo e vou até 20h, 21h, pintando. É um prazer acima de tudo, uma felicidade. Antes fazia umas pinturas, guardava. Não me sentia preparado para mostrá-las. Até que houve um interesse do meu público e passei a fazer uma exposição virtual permanente no Instagram", conta ele, que criou o perfil Ottopintamatomeia, onde exibe e vende suas obras: "Essencialmente tenho vivido dos meus quadros".
Autodidata, assim como começou na música, Otto pinta em acrílica sobre papel canson e passou a se aventurar recentemente pelas telas, grandes como ele. "Fico exausto, as telas me dão mais trabalho. Mas é uma expressão bem diferente, o modo de fazer, de preencher. Estou gostando muito dessa fase", admite.
Os quadros do agora pintor Otto, ele jura, não são caros. "Mas também não são qualquer coisa. Chamei amigos que entendem para avaliar, me ensinaram sobre valor agregado e chegamos aos preços. Não venho de uma escola ou um gênero. Não uso réguas para traçar minhas retas. Gosto assim, de um estilo que desenvolvi me jogando nestas telas em branco", justifica.
Aos 52 anos, ele não sabe dizer ao certo se está definitivamente solteiro. O casamento com a fotógrafa Kenza Said, há três anos, durou até o início da pandemia. "Eu não tinha sido perguntado ainda sobre isso. Sei te dizer que estamos separados, mas com muito amor. Ela está na França, foi para lá quando tudo reabriu, está com a família, e eu fiquei aqui... É, estou sozinho", conclui.
Quando questionado sobre a relação com a filha, Betina, fruto do relacionamento com Alessandra Negrini, ele diz:"Temos uma relação maravilhosa, de muita parceria. Eu era muito briguento. Mas deixei de confrontar a Betina. Porque ela me vence nos argumentos, me botou nos eixos", admite ele.
" Essa geração nasceu com olhares muito lá na frente, já não têm as questões que a gente teve. Não pensam em gênero, são mais conscientes. Jovens que questiona, têm resposta e senso do que é o mundo. Betina foi a coisa mais linda que aconteceu na minha vida. Mudou tudo desde o dia em que nasceu", derrama-se, ele, que não sabe se a menina vai trilhar o caminho artístico dos pais: "Ela toca piano muito bem e vejo nela o que eu e Alessandra somos. Não existe uma pressão para que ela siga o mesmo. Mas se quiser seguir, sei que ela será feliz. Porque a arte é uma felicidade".
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