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Porchat diz que atentado ao Porta dos Fundos foi obra de 'milicianos da fé'

Fábio Porchat é o convidado da semana no "Roda Viva" - Reprodução/TV Cultura
Fábio Porchat é o convidado da semana no "Roda Viva" Imagem: Reprodução/TV Cultura

Do UOL, em São Paulo

21/12/2020 22h44

Fábio Porchat é o entrevistado de hoje do "Roda Viva", da TV Cultura. No programa, ele comentou sobre o atentado ao Porta dos Fundos, que completa um ano nesta semana.

O que ficou claro é que foi um ato isolado de fundamentalistas, milicianos da fé, guardiões de prefeitos, incentivados e apoiados por um governo que gosta de agredir."

"Mandar jornalista calar a boca, dizer que merece ser estuprada... Esse governo fez com que ratos, baratas, monstros e bichos escrotos se sintam à vontade de fazer isso."

Ele relembrou que não estava no Brasil quando o atentado aconteceu: foi viajar no dia 21 de dezembro, e o ataque foi no dia 24. Quando retornou ao país, meses depois, não sabia o que esperar:

"Na hora fiquei com medo do que esperar na minha volta ao Brasil. Eu ando da rua, pego metrô, eu gosto de correr na rua, e fiquei pensando como seria tudo isso. Dia 2 de março, quando pisei na rua, só recebi amor, não tive nenhum problema. O número de pessoas assim é menor e pequeno."

É curioso quem julga a bíblia desta forma. Os evangélicos são muito legais, o problema são os milicianos da fé. Eles se usam disso para ganhar dinheiro, dizer que é inimigo, que não pode fazer as coisas. Esses que jogam bomba."

Posicionamento do Porta dos Fundos

Questionado se todos os participantes do Porta dos Fundos são de esquerda, Porchat negou:

"Ainda tem direita e esquerda. O que acontece é quando se tem um extrema-direita no poder, aí vira um inimigo de todos, porque é uma pessoa sem diálogo, uma pessoa louca. O humor bate em quem está atuante. Já bateu no Lula, Dilma, agora no Bolsonaro."