Luciano Huck culpa governo por crise em Manaus: 'Poderia ter sido evitado'
Luciano Huck disse que se sente "de mãos atadas" para ajudar o estado do Amazonas, que está enfrentando colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio nos hospitais. Em vídeo nas redes sociais, o apresentador ainda culpou o governo pela crise.
Vou deixar claro mais uma vez: isso é consequência, sim, da irresponsabilidade, ingerência, descoordenação, falta de respeito, negação da ciência, todos os absurdos e maluquices que a gente viu, ouviu e leu. [Consequência] de como as autoridades brasileiras vêm tratando a crise da covid-19. Esse desrespeito com as pessoas. Essa é a consequência. Isso poderia ter sido evitado."
Luciano Huck culpa o governo por crise no Amazonas
'Sensação de impotência'
Huck foi um dos famosos que respondeu, na noite de ontem, a uma intimação do comediante Whindersson Nunes para que a classe artística se unisse para fazer doações de oxigênio para Manaus.
No entanto, o titular do "Caldeirão" explicou que não dá para colocar cilindros de O2 para viajar em aviões comerciais. "É proibido. Você só pode transportar cilindro de oxigênio em cargueiro. E o cargueiro apropriado para isso é um da Força Aérea Brasileira, o KC-390, que está em manutenção", disse.
Huck complementou que a FAB está "mobilizando todos os recursos possíveis para tirar esse avião da manutenção rápido", e que os oficiais já pediram ajuda para a Força Aérea dos EUA na missão.
A sensação é que lá no Amazonas as pessoas estão se sentindo asfixiadas, e os pacientes estão, de fato. E a gente, aqui, olhando de fora e querendo ajudar, tem uma sensação de impotência horrível. Parece que a gente está de mãos atadas."
Luciano Huck sobre situação de Manaus
Opções esgotadas
Outra opção, segundo o apresentador, seria "encher uma carreta com tanques de oxigênio líquido" e enviar para o Amazonas, mas grande parte das cidades por lá não são acessíveis por estradas. "Chegando lá, precisa ir de barco. E o barco demora dias para chegar até os pacientes", comentou.
Transferir pacientes do Amazonas para outros estados também é difícil: "O cara mal está respirando na terra. No avião, dentro da cabine pressurizada, o ar fica mais rarefeito. Então precisa de oxigênio".
"A situação é muito complicada. Hoje o Amazonas está precisando de 70 mil metros cúbicos por dia de oxigênio, e vai subir para 100 mil. A indústria consegue produzir 45 mil", completou ele.
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