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Equipe diz que Juliette venceu processo por fotos em site de prostituição

BBB 21: Déborah, que administra redes de Juliette, contou sobre batalha da sister após fotos roubadas no Orkut - Globo/João Cotta
BBB 21: Déborah, que administra redes de Juliette, contou sobre batalha da sister após fotos roubadas no Orkut Imagem: Globo/João Cotta

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/02/2021 08h36Atualizada em 09/02/2021 09h18

Advogada, Juliette Freire também já se viu do outro lado dos processos, como vítima de um crime virtual.

Em 2009, com apenas 19 anos, a participante do "BBB 21" foi surpreendida ao ter fotos roubadas de seu perfil no Orkut e publicadas em um site de prostituição, travando uma verdadeira prova de resistência contra o Google para conseguir tirar a página do ar e uma indenização por danos morais.

"Isso aconteceu mesmo, ela tentou muito que essa página fosse tirada do ar, principalmente por se tratar de uma cidade como Campina Grande", contou Déborah Vidjinsky, administradora das redes da paraibana, em entrevista ao jornal Extra.

"Para ela foi muito difícil, porque, por mais que ela soubesse que não era aquilo ali, por mais que as pessoas próximas soubessem, isso deixa uma marca", explicou a social media, que já era amiga da advogada antes do "BBB".

Depois de ser avisada sobre o perfil falso usando seu nome, Juliette esperou mais de um mês para que o Google, administrador do Orkut, retirasse o perfil do ar.

Segundo Déborah, ela mandou documentos, comprovações da fraude, tudo para tentar evitar um processo. Mas, sem resposta, decidiu procurar a Justiça. Foi o início de uma luta que começou em junho de 2009 mas terminou apenas nos primeiros meses de 2015, após inúmeras apelações da empresa de tecnologia, disponíveis no site JusBrasil.

"Ela guardou esse dinheiro. Como é autônoma, o dinheiro serviu para ela ir vivendo mesmo", contou a amiga, detalhando ainda que a sister conseguiu identificar quem foram os responsáveis pelo perfil fake, mas não abriu novas ações por falta de provas.

"Juliette era mais gordinha na adolescência e isso a fazia sofrer bullying, rejeição de alguns meninos. Ela carrega muitas cicatrizes dessa época", observou.

A amiga também destacou que, na mesma época do escândalo, a advogada, hoje com 31 anos, estava passando por um grande drama familiar: a morte da irmã, Julienne, aos 17 anos, vítima de um AVC.

"Ela só veio a se relacionar com alguém já mais velha, por aí, aos 19 anos. Ela esconde a sete chaves as fotos de adolescência. Esses traumas deixaram Juliette com a autoestima muito abalada. E podemos observar isso no programa", avalia Déborah, que diz torcer para a amiga ganhar segurança no jogo.

"Ela sempre espera o melhor de cada um. Não vê maldade", concluiu.