Luiz Fernando Guimarães se muda para sítio por conta da pandemia
Luiz Fernando Guimarães, de 71 anos, decidiu se refugiar em um sítio em Itaguaí, no Rio de janeiro, durante a pandemia de covid-19. O ator conta que a mudança aconteceu em meio a confusão inicial pelo isolamento repentino, enquanto ele e o marido, o empresário Adriano Medeiros, de 48, estavam com viagem marcada para Paris.
"Íamos para o olho do furacão em março. Meu sobrinho me ligou e falou para ficarmos antenados com as notícias porque não ia dar para viajarmos", contou Luiz Fernando em entrevista à Quem.
Desde então, o ator começou a se dividir entre seu apartamento na Zona Sul do Rio e seu sítio em Itaguaí, na Região Metropolitana da capital. Mas o refúgio virou casa permanente quando o isolamento social provocado pelo coronavírus se estendeu além do esperado.
"Ficava no sítio mais nos fins de semana e com a pandemia passei a morar aqui. Trouxe meu apartamento para cá e todos os funcionários. Tem sido uma experiência ótima, a casa é enorme. O que era fim de semana passou a ser cotidiano. Meus bichos estão todos aqui e minha vida também. Às quartas-feiras, vou para o Rio para cumprir compromissos como médico, dentista, e volto quinta de manhã. Faço isso uma semana sim, outra não", explica ele, que mesmo em isolamento, foi infectado pela Covid-19, assim como o marido, que chegou a ficar na UTI.
Mesmo no grupo de risco, Luiz Fernando não teve sintomas. "Graças a Deus, para mim foi como uma dengue, não tive nenhum sintoma. Mas o Adriano teve falta de ar e precisou ser internado. Ficou um tempo respirando artificialmente, com a ajuda de uma máquina", recorda, garantindo que não se desesperou com a situação do marido: "Acreditei que seria uma coisa passageira e não fiquei naquele terror de que ele iria morrer".
O artista confessou ainda que gosta da vida no sítio por conseguir escapar de algumas medidas de segurança obrigatória contra o coronavírus, como o uso de máscaras.
"Tive pneumonia há muito tempo e a máscara me dá um sufoco absurdo. Falo para meus amigos que parece que estamos vivendo uma terceira guerra mundial. Comparo a uma guerra porque a pandemia não acaba. A vacina já chegou, mas continuamos no meio do furacão. Há uma guerra política e econômica de laboratórios", argumenta, admitindo que não acompanha mais os noticiários. "Ficaram desinteressantes. Ficam nos enrolando com as notícias [sobre a pandemia]", justifica.
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