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Ashley Judd divulga fotos de acidente grave que sofreu no Congo

Ashley Judd publicou o relato na sua rede social  - Reprodução/Instagram
Ashley Judd publicou o relato na sua rede social Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/02/2021 22h48

A atriz Ashley Judd, de 52 anos, divulgou hoje no Instagram, diversas fotos e escreveu um depoimento sobre o grave acidente que sofreu em uma floresta no Congo. No texto, a norte-americana mostra sua gratidão aos congoleses, que a resgataram de um local de difícil acesso. A atriz levou 55 horas para sair da mata selvagem e conseguir ser transportada para um hospital.

Na publicação, a atriz revelou que se não fossem seus irmãos e irmãs congoleses, ela poderia ter perdido uma perna ou até então ter morrido em razão de uma hemorragia interna.

"Eu acordo chorando de gratidão, profundamente comovida por cada pessoa que contribuiu com algo para dar vida e salvar o espírito durante minha exaustiva odisseia de 55 horas", disse ela.

Em seu depoimento, ela fez questão de agradecer nominalmente aos congoleses que a ajudaram no resgate. "Dieumerci permaneceu sentado, sem se mexer ou hesitar, durante 5 horas no chão da floresta tropical. Ele estava comigo na dor mais aguda. Ele foi minha testemunha", disse ela. O homem usou a própria perna como talo para proteger e deixar imóvel a perna ferida da atriz.

No relato, ela também agradece a um homem chamado Papa Jean. "Ele me encontrou, miserável e selvagem no chão, e avaliou com calma minha perna quebrada. Ele me disse o que tinha que fazer. Eu mordi um pedaço de pau. Segurei Maud. E com precisão, Papa Jean começou a manipular e ajustar meus ossos quebrados para ficarem em uma posição que eu pudesse ser transportada, enquanto eu gritava e me contorcia', desabafou a atriz.

Em seguida, ela disse que foi colocada em uma maca improvisada por seis homens, que caminharam durante três horas em um terreno acidentado. Depois, dois homens, identificados como Didier e Maradona, a levaram em uma moto.

"Quando eu começava a cair, a querer desmaiar, ele [Didier] me chamava para eu me reposicionar e me apoiar nele. Maradona andava na traseira da motocicleta, eu o encarei. Ele segurou minha perna quebrada sob o calcanhar e eu segurei a parte de cima quebrada junto com minhas duas mãos. Juntos, fizemos isso por seis horas em uma estrada de terra irregular e esburacada. Maradona foi a única pessoa que se voluntariou para essa tarefa. Temos uma boa amizade, discutimos os prós e os contras da poligamia e da monogamia", disse ela.

Ela, ainda, contou sobre a solidariedade das mulheres. "As mulheres! Minhas irmãs que me seguraram. Elas me abençoaram."