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Flávia Alessandra sobre papel em "Salve-se": "Agora não dá mais pra mexer"

Flávia Alessandra em entrevista ao Conversa com Bial. - Video/Reprodução
Flávia Alessandra em entrevista ao Conversa com Bial. Imagem: Video/Reprodução

Colaboração para o UOL

20/03/2021 02h14

Flávia Alessandra contou sobre a apreensão em assistir pela primeira vez uma novela inédita onde nada pode ser mudado. A atriz se referia a "Salve-se Quem Puder" (2020), atual novela das 19h, que estava em pausa devido a pandemia de covid-19 e volta ao ar toda gravada a partir da próxima segunda (22), primeiro com uma reprise e depois com episódios inéditos.

"Acho o twitter um termômetro maravilhoso, adoro ver os comentários, a interação. Em compensação, se eu fui pra um caminho a mais, a menos, não dá pra corrigir. O grande lance da novela é ser uma obra aberta e você ir se moldando ao longo dos meses. Agora não dá pra mexer mais. Seja o que Deus quiser", contou a atriz em entrevista ao Conversa com Bial na madrugada de hoje.

Bial abriu o programa recapitulando a trajetória da atriz. O apresentador contou que o desejo de Flávia pela arte da atuação veio ao ver um espetáculo aos 10 anos. 5 anos depois, a atriz estreou em "Top Model" (1989) e, desde então, não parou mais. Agora, já são 32 de carreira, entre mocinhas e vilãs.

Falando sobre a volta as gravações da trama após a pausa em abril do ano passado, Flávia Alessandra contou que já estava ficando meio "louca" em casa. "Me senti muito segura e pronta pra voltar. E isso me fez muito bem. A gente viveu condições completamente diferentes do que está acostumado", revelou a atriz. Flávia contou ainda o momento em que se deu conta da gravidade do pandemia: quando Daniel Ortiz (autor da trama) a ligou para avisar que a novela iria sair do ar e ela precisaria gravar cenas novas para deixar um gancho para a continuação.

Ela comentou também a sensação estranha de ver os Estúdios Globo desertos. "Não lembro de ver assim. Nem quando inaugurou. Eu me maquiava, eu trocava minha roupa, eu trocava meu microfone. (...) Foi um processo de muita interiorização. É como se eu tivesse no teatro. Era eu, Flávia, sozinha."

Flávia Alessandra ainda revelou que "Salve- se Quem Puder" não abordará a pandemia. "Era uma novela leve, divertida. É um escapismo, não tem pandemia. Eu beijei acrílico. Foi uma loucura."

Crítica pessoal e começo de carreira

Flávia Alessandra contou a Bial também o quanto é crítica consigo mesma e como não sente muito prazer em assistir aos próprios trabalhos.

"Sou muito crítica comigo mesma. Sempre acompanho meus trabalhos, acompanho as novelas pra ver onde consigo melhorar, que outro caminho podia ter tomado, mas não é algo que me dê prazer, eu me ver. Quando eu vejo um trabalho antigo, de 20 anos, é uma sensação de... só senta e vê. Tem um frescor, uma inocência."

A atriz falou ainda sobre o desejo de ser atriz, como ele é algo presente em sua vida desde cedo e o quanto isso está ligado a sua independência.

"Eu sempre quis ser atriz. Por eu começar muito cedo, eu sempre tive uma criação dos meus pais que eles sempre passaram a importância de eu ter minha independência financeira, onde eu poderia fazer qualquer coisa. Essa é a maior bandeira feminina. Uma mulher com independência financeira ela pode fazer o que ela quiser."

Flávia Alessandra se emocionou ainda ao falar de Jorge Fernando, responsável por dirigir alguns dos seus mais marcantes trabalhos na Globo, revelando que ele foi o diretor do espetáculo que ela assistiu aos 10 anos e a fez desejar ser artista.

"Só depois eu soube que ele dirigiu esse show. O Jorge (Fernando) foi um anjo da guarda. Eu devo muito a ele.", revelou a atriz, emocionada.

O Conversa com Bial vai ao ar de segunda a sexta, após o Jornal da Globo.