Simone Spoladore relembra 1º trabalho na televisão: 'Os Maias'
Simone Spoladore concedeu uma entrevista para a revista Marie Claire e por lá, ela falou sobre a ponte aérea entre a Inglaterra e o Brasil, trabalhos antigos e planos para o futuro. A atriz, que mora em Londres atualmente, vem se dividindo entre onde vive com seu país de origem há quatro anos.
Spoladore celebrou os vinte anos desde a estreia do seu primeiro trabalho na televisão, em "Os Maias" (TV Globo). A minissérie do escritor português Eça de Queiroz agora, está disponível no Globoplay.
"Fazer Os Maias foi um turbilhão, foi tudo muito rápido e não deu tempo de pensar em nada. Quando vi, estava num avião indo para Portugal, eu que nunca tinha saído do país. Quando vi, estava num estúdio com paredes que pareciam de papelão e eu tinha que usar a imaginação para dar vida aquilo tudo", conta. "Existia uma alegria em usar aquelas roupas e habitar aqueles cenários, a personagem era imensa e eu, com meus 21 anos, tinha que dar conta daquela vida trágica e romântica. Aquela alma atormentada, viva e delirante tinha que passar pelo meu corpo. Fui levada por uma enxurrada, capotei alguma vezes, mas sobrevivi. Vinte anos depois tenho muitas histórias para contar, a Maria Monforte é uma delas".
Ela ainda recordou o momento em que contracenou com Osmar Prado:
"Tem uma cena que eu gostei muito de ter feito que era quando a Maria Monforte dançava para convidados numa festa. A cena era linda e eu podia usar tudo o que eu tinha aprendido em 10 anos de ballet clássico e a experiência de dança para o Lavoura Arcaica [romance que ganhou adaptação para o cinema]. Nessa cena, o poeta que o Osmar Prado interpretava se declarava para a Maria Monforte. Ele foi um grande companheiro de carreira que eu reencontrei depois em Desmundo [filme lançado em 2002]".
Agora, ela está na produção de seu primeiro curta metragem que se chama "O Chá da Alice", que ainda não tem previsão de estreia.
Apesar de morar há quatro anos na Inglaterra, Simone conta que ainda não teve oportunidade de realizar trabalhos por lá. Porém, ela tem vontade de fazer algo onde vive:
"Acho que eu ia gostar de atuar em outra língua. Ano passado participei de Babel, Festival de Literatura e Tradução do meu namorado Vanni Bianconi. Eu li trechos de Amuleto de Roberto Bolaño em italiano. Foi muito emocionante. Em Londres estamos em lockdown desde dezembro, só os serviços essenciais estão abertos. No dia 8, as escolas voltaram a funcionar. Tem sido muito triste acompanhar o que está acontecendo no Brasil, com um presidente que desde o começo finge que a pandemia não existe e não toma medidas necessárias para salvar vidas. Espero que a vacinação aconteça o mais rápido possível".
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