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'Lembro do meu rosto desfigurado', diz Brunet cinco anos após agressão

Luiza Brunet relembra agressão - Reprodução/Instagram
Luiza Brunet relembra agressão Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para UOL, em São Paulo

02/05/2021 11h29

Cinco anos após ser agredida, Luiza Brunet ainda tem memórias marcantes daquela madrugada de maio de 2016. Sem medo, a modelo comentou sobre o episódio envolvendo seu ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto.

Segundo ela, a lembrança de seu rosto desfigurado é algo presente em sua vida até hoje. "Pensei: "Meu Deus do céu, ninguém merece passar por isso". Lírio chutou meu rosto, me quebrou quatro costelas e um dedo... Foi algo extremamente irracional, uma violência sem propósito. Mesmo ele sendo poderoso, resolvi prestar a queixa. O processo foi longo e árduo, mas venci. Ainda hoje, tenho receio de ele tentar algo contra mim. Mas nesses casos, a denúncia é o melhor caminho", disse ela em entrevista para O Globo.

Enquadrado na Lei Maria da Penha, o empresário teve seu último recurso negado pelo Supremo Tribunal Federal, em novembro de 2020, depois de quatro anos de processo. Além de se apresentar todo mês no fórum de Justiça, ele foi condenado a cumprir serviços comunitários e a pagar cestas básicas. No entanto, o processo não acabou. A modelo tenta provar que eles mantiveram uma união estável entre 2011 e 2016. "Perdi nas duas primeiras instâncias, mas não vou desistir. Fui desacreditada pelo meu ex-companheiro, que me trata como uma simples peguete", afirma a empresária de 58 anos.

Luiza nunca havia passado por algo do tipo, mas já havia sido vítima de abuso moral e sexual. "Fui violentada aos 12 anos, enquanto trabalhava como empregada doméstica em Inhauma, Zona Norte do Rio. Era um amigo da minha patroa que investia sempre que eu estava sozinha na casa. Ele colocava a mão por baixo das minhas roupas e tentava me beijar. Um dia, fui embora sem dar satisfações", comentou ela, que só teve coragem de tocar nesse assunto aos 55 anos.

Atualmente, a mãe de Yasmin Brunet também virou ativista pelos direitos da mulher. "Relacionamentos abusivos geralmente acabam em feminicídio. Gosto do rumo que minha vida tomou. Amo trabalhar em prol das mulheres, mostrando que é possível sair dessa posição que não é legal para ninguém".