'Quem mais o Brasil vai perder?', desabafa Samantha Schmütz sobre covid-19
A morte de Paulo Gustavo, vítima da covid-19 aos 42 anos na última terça-feira (04), pegou o público de surpresa, mas deixou os amigos do ator inconformados. Samantha Schmütz, uma das mais próximas ao humorista, fez um desabafo a respeito da política voltada a prevenção da doença adotada pelo Governo Federal e criticou a lenta vacinação no país.
"Queria entender como que pode o chefe da nação (o presidente Jair Bolsonaro), na atual conjuntura imitar alguém com falta de ar. O que é que a gente está esperando para fazer alguma coisa? Quem mais a gente vai esperar morrer? Quem mais o Brasil vai perder? Seja quem for. Que a mesma força que nos uniu no amor, em orações, nos una para tentar parar esse horror", disse ela logo no começo do vídeo, postado no Instagram.
Samantha continuou: "Então, acho que devia parar de fazer dancinha de TikTok. De verdade. Parar de se unir e ficar votando para car**** em um negócio que não vai ter fim nenhum além do entretenimento. Acho que a gente tem que se unir direito. Votar em quem acredita na ciência desde o dia um. Fazer mutirão pro que realmente importa. Não adianta fazer mutirão para reality show da vida dos outros. A nossa realidade está bizarra. Bizarra! E ninguém está usando todas as cartas!, indignou-se.
Não dá para a gente ficar postando, nós aqui que temos milhões de seguidores, nada mais que não seja em prol da por** da vacina! Em prol de alguém fazer alguma coisa, porque quem pode fazer, não vai fazer! Acabou a brincadeira aqui. Não dá pra postar look do dia, não dá pra sensualizar mais, não tem mais o que fazer, a não ser ser contra o que está acontecendo.
Mais uma vítima da covid-19
O comediante foi intubado em 21 de março, após 8 dias de internação para combater a covid-19. Paulo Gustavo, no entanto, continuou a apresentar piora do quadro respiratório e, no dia 2 de abril, a equipe médica decidiu submetê-lo à terapia por ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) na UTI, uma técnica também conhecida como pulmão artificial que auxilia na oxigenação do sangue.
No dia 4 e, novamente, no dia 9 de abril, o ator passou por procedimentos por via endoscópica (toracoscopia) para corrigir fístulas bronco-pleurais, uma comunicação anormal entre brônquios e pleura, a membrana dos pulmões, que permite o vazamento de ar. Em 11 de abril, o ator seguia em estado crítico, teve nova fístula detectada, segundo nota à imprensa, e recebeu reposição de fatores de coagulação.
No dia 15 de abril, um novo boletim médico afirmou que ele também foi submetido naquela semana a "várias intervenções, como broncoscopias, e alguns procedimentos cirúrgicos" que controlaram hemorragias. Na segunda-feira (3), os médicos informaram que Paulo Gustavo havia sofrido uma embolia gasosa disseminada. Ele havia acordado horas antes, conversado com o marido e a equipe médica, mas, em seguida, seu quadro se tornou crítico e, eventualmente nesta terça (4), "irreversível", segundo o boletim.
Em nota oficial, a equipe de Paulo Gustavo confirmou a morte do ator no fim da noite.
Às 21h12 desta terça-feira, 04/05, lamentavelmente o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da covid-19 e suas complicações. Em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento", diz a nota.
O ator deixou os dois filhos Gael e Romeu, de 1 ano e 9 meses, e o marido, o médico dermatologista Thales Bretas.
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