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Paola Carosella manda recado sobre LGBTfobia: 'Amar não é doença'

A chefe de cozinha Paola Carosella  - Divulgação
A chefe de cozinha Paola Carosella Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

17/05/2021 20h50

A chefe de cozinha Paola Carosella publicou uma foto em seu Instagram celebrando o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia, comemorado hoje, e mandou um recado para seus "haters":

Hoje é um dia que para mim importa muito, hoje é o dia Internacional contra a LGBTQI+ fobia, e eu pensei... vou dar um presente para vocês, meus amores. Para vocês, haters, que me chamam de traveco, aqui vai uma foto minha com muito orgulho de parecer um traveco... porque né, vamos combinar que tem cada traveco que mamma mia! Paola Carosella

A argentina continuou fazendo uma homenagem:

"Vai para vocês, meus amores sapatonas, que mandam os elogios mais lindos as frases mais queridas e as melhores cantadas. Vai para vocês, trans da minha vida, com os que trabalho, trabalhei e irei trabalhar, com os que aprendo uma porrad* de coisa todo dia. Vai para Val, que tanto lutou pela dignidade e a vida trans. Vai para vocês bichas perfeitas que falam que já duvidaram da sua homossexualidade comigo, e me fazem rir e sentir amada a cada segundo. E vai para todos os Bi, e os Pansexual, os I e os Q, os +++++".

"Não sou ninguém para deixar nenhuma mensagem nem lição, aliás, detesto lições de moral em posts do Instagram. Vim mesmo é para prestar homenagem e agradecer, aos milhões que me seguem, que são tolerantes, que são amorosos, que são livres ou querem ser, que respeitam e querem ser respeitados e que querem mesmo é construir uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais amorosa. [...] Amar não é doença, não tenham medo", finalizou Paola.

Recentemente, a chefe comentou, em entrevista à Veja São Paulo, que apesar de receber muitas mensagens carinhosas em suas redes sociais, também recebe muitos comentários e ataques preconceituosos.

"Me mandar embora é a menor de todas as coisas. 'Esse traveco tem de morrer' é uma das coisas horríveis que escreveram e mostra a miséria humana", disse.

Paola ainda afirmou que seu relacionamento com as redes sociais é confuso: "Às vezes estou muito revoltada e vou lá e falo uma coisa, aí depois vejo o que volta. De onde vem tanta raiva, de onde vem tanto ódio? Sei que eu tenho uma voz, que as pessoas me seguem e me escutam".