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Arthur, do BBB 21, não se vê como famoso: 'Sou a mesma pessoa'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/05/2021 07h25Atualizada em 20/05/2021 10h11

Arthur Picoli ficou famoso por sua participação no "BBB 21" (Globo), onde ganhou uma legião de fãs com seu jeito simples e também pelo relacionamento cheio de idas e vindas com Carla Diaz dentro da casa. No entanto, ele garantiu que, depois que saiu do reality show, ainda não conseguiu se enxergar como pessoa pública, famosa.

"Eu não me sinto uma pessoa famosa. Sou a mesma pessoa. Nem acho que tenho fãs, eu digo que são pessoas que gostam de mim", conta ele, explicando que quando começou a se inscrever para o programa, em 2015, seus propósitos até eram ter este renome, mas que atualmente seus objetivos mudaram", explicou ele em entrevista para a "Quem".

Ele detalhou: "No início, de fato, eu só queria fama e cachorrada, como diz o Gil, mas hoje o negócio tomou outra proporção. Hoje quero alavancar a minha carreira, melhorar a minha vida, a da minha família e reerguer meus projetos sociais", comentou, relembrando o serviço público que prestava na pequena Conduru, no Espírito Santo, sua cidade natal.

Conduru é uma cidade bem pacata. Eu tinha a minha academia lá, e de lá saíram meus projetos. Eu ajudava asilo, associação de moradores de outras cidades. Fazia treinos abertos no fim de semana em que o público não precisava ser necessariamente aluno da academia. Para participar, era só doar alguma coisa, como leite, alimentos não perecíveis.

Arthur prosseguiu: "Quando aconteciam enchentes, que é algo que acontece muito lá, especialmente no início do ano, a gente arrecadava suprimentos, alimentos, cobertores, móveis, tudo. A minha academia também era inclusiva. Pagava quem podia. Quem não podia, treinava como qualquer outro. Foi bem legal".

Aos 14 anos, resolveu sair da cidade para tentar a carreira como jogador de futebol. "Morei em Goiânia, em São Paulo, e depois voltei para Goiás de novo, mas para o interior. Quando parei de jogar, por motivos de lesões e cirurgias, resolvi continuar na área. Não me via fazendo outra coisa. Eu até passei na federal em Engenharia Mecânica, e escolhi fazer uma particular de Educação Física. Não me arrependo. Ali eu vi que fiz a escolha certa, eu trabalho fazendo o bem para as pessoas, levando saúde, alegria. Acredito que fiz a escolha certa", refletiu.

A partir de então, fez carreira como instrutor de crossfit. "Eu trabalhava em uma escola com musculação e funcional. Uma empresa que eu tinha muita vontade de trabalhar, no Rio de Janeiro, do nada me fez um convite por Instagram. Eu aceitei, fui fazer um teste, mas era o único que nunca tinha feito crossfit. Eu fui um dos quatro contratados. Ali criei um amor muito grande por isso, então comecei a me dedicar e não parei".

Com isso, o futebol ficou em segundo plano. "Em todo jogo me lesionava. Parava dois, três meses. Voltava e machucava. Eu já tinha feito uma cirurgia no tornozelo. Eu acabei perdendo a paixão por jogar. Eu amo futebol, não perco um jogo na televisão e sou flamenguista. Mas confesso que foi melhor virar só telespectador e deixar o campo", frisou.

Assim que saiu do programa, Arthur foi visitar a família em Conduru. Ele não os via há seis meses, mas assim que chegou, percebeu que as coisas mudaram bastante. "Para mim, é normal voltar para Conduru. Conduru é Conduru, para mim. Minha terra, minha casa, minhas pessoas. Aparentemente eu não sou mais o Arthur. Agora sou o Arthur de Conduru. Eles me veem de forma diferente".

Eu fui cortar o cabelo lá, coloquei a minha bermudinha do Mickey, meu chinelo e fui sair sem camisa. A minha mãe me disse: 'Ei, espere aí, coloque uma roupa!'. Agora também fico no quintal jogando bola com os amigos, a família e ficam pessoas no muro tirando fotos, filmando. Uma coisa fora do normal, mesmo.

Para além da fama, voltar para casa foi um alívio para Arthur, já que ele assume que sempre foi muito próximo da família. "Sinto muito a falta deles até hoje. Quando eu estava na casa, esse foi um dos motivos que fez com que eu pedisse para sair. Não estava mais aguentando (a falta da família). Minha relação com eles é muito boa", explicou.

"Quando saí de casa, eles me apoiaram muito. Meu pai e minha mãe fizeram das tripas coração para dar tudo certo. Quando eu fui para o Rio, eles me deram todo o suporte, e quando deixei o reality, minha mãe estava lá esperando", relembrou.