Nany People: 'Me descobrir trans foi solução, não problema'
No mês do orgulho LGBTQIA+, Nany People diz que vê mais espaço na mídia para este grupo e que hoje, "metade do jogo está ganho".
"Nas campanhas, por exemplo, já existe um mercado engajado, mas vivemos essa atmosfera polarizada, então temos a outra metade, que é contra. Eu digo para abrirmos janelas, para que vejam nossa sobrevivência", opina, em entrevista à revista Marie Claire.
"É preciso mudar o conceito do que é a família, se desapegar de ser isso ou aquilo", diz a atriz de 55 anos.
Nany conta que faz palestras em empresas, incentivando os funcionários a mostrar sua "real natureza".
Pra mim, me descobrir trans foi solução, não problema. Problema foi retardar isso até os 22 anos, porque não tinha nome o que eu era. Dizem que fiz história, mas eu estava sobrevivendo. Tive coragem de ser feliz sendo quem eu era, e foi a arte que me deu essa coragem. disse Nany
Nesta semana, a humorista espera o lançamento do filme "Quem quer ficar com Mário?", no qual ela interpreta a matriarca de uma trupe de teatro que ajuda um dos integrantes a lidar com sua sexualidade.
Ela faz um paralelo entre a história do protagonista, Mário, que precisa revelar aos familiares e amigos que é gay, com a própria vida.
"Minha geração saía de casa para mostrar que era capaz, e muitos aproveitavam para assumir uma condição que não era aceita e riscava a família de sua vida. O filme mostra a importância e a necessidade de não anular ninguém. A família pode ser feliz, cada um como é", declara.
O público sempre esteve pronto para assistir histórias LGBTs. As famílias sempre tiveram pessoas LGBTs em casa. Mas existe um pequeno grupo que acha que pode determinar o que a massa pode e não pode ver. A massa vê e convive com tudo. Tive o privilégio de ter uma mãe que me blindou, me empoderou e me encorajou, mas vivo no país que mais mata LGBTs no mundo.
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