Sertanejo que morreu aos 37 anos chegou a ganhar música de Marília Mendonça
Morreu nesta segunda-feira o cantor sertanejo Kleber Oliveira, da dupla com Kaue, aos 37 anos. Internado desde maio no hospital AME Americo Brasiliense, no interior de São Paulo, ele estava em estado grave após contrair covid-19, e deixa a esposa e uma filha de seis anos.
Conhecido pelos amigos como Clebinho, o cantor nasceu e foi criado na cidade de Araraquara, e formava a dupla com Kaue Tamburus, também da região, desde 2011.
Em 2012, a dupla ganhou de presente de Marília Mendonça a composição "Tô vendo que você tá bem", que no YouTube conta com mais de 5 milhões de visualizações desde o seu lançamento, em 2014. O sucesso da parceria foi ganhando projeção nacional nos anos seguintes e, em 2018, os shows de Kleber e Kaue já rodavam sete estados do Brasil, mesclando músicas autorais, como "Casou Certin" e "Encenação", com releituras de grande sucessos da cultura popular.
Mesmo assim, eles sempre voltavam para o interior de São Paulo, onde tocavam em todo tipo de evento: de casamentos a festas universitárias, houve espaço para tudo. "A gente costuma falar que o nosso repertório vai de Patati e Patatá a Anitta e João Mineiro e Marciano", contou Kleber em entrevista concedida em 2018. "A gente se molda a cada evento e, se o contratante deixar, nós tocamos das 4 da manhã até as 4 da tarde do outro dia."
Ao longo da carreira da dupla, foram lançados três DVDs ao vivo. O primeiro, acústico, em 2017; o segundo, "Preto e Branco", saiu logo no ano seguinte. O último, intitulado "No Quintal de Casa", foi gravado em 2020, sem plateia, como parte do projeto Sertanejo Solidário. Na campanha, toda a verba arrecadada através de doações de fãs e espectadores foi revertida a instituições de caridade e para o auxílio de trabalhadores independentes da cena musical.
Para a família, Kleber era um pai presente e companheiro. Em 2017, sua filha Maria Eduarda, a Dudinha, chegou a subir no palco e dividir o microfone com o pai em um dos shows da dupla sertaneja.
"Ele amava a música, amava o que fazia e deixou a sua marca de simplicidade, energia e de muita luta", escreveu a esposa, Vanda Rios, em uma publicação no Instagram.
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