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Boris Casoy explica apoio ao golpe de 64: 'Pânico do comunismo'

Boris Casoy é entrevistado do "Conversa com Bial" - Vídeo/Reprodução
Boris Casoy é entrevistado do "Conversa com Bial" Imagem: Vídeo/Reprodução

Colaboração para o UOL

20/07/2021 03h07Atualizada em 20/07/2021 03h19

O jornalista Boris Casoy explicou a Pedro Bial o que o levou a, durante a juventude, apoiar o golpe militar que o país sofreu em 1964.

"Minha mãe já estava muito doente, ela acabou falecendo em agosto de 64, mas ela dizia que parecia a Rússia, olha esse movimento, esse comício. Essa era uma influência sentimental. Agora o que me levou a apoiar 64, eu tinha 23 anos, estava começando a faculdade, era uma profunda convicção democrática. Eu tinha pânico do comunismo", contou durante o "Conversa com o Bial" de hoje.

"Já tinha acontecido em Cuba, tinha sinais, muita gente que queria aquilo, certamente iludida, imaginando que era igualdade e fraternidade, uma tremenda ilusão. Tinha pânico daquilo", continuou Boris.

O que era na minha cabeça de golpe de 64? Era uma limpeza. O golpe se dizia, a gente chamava de revolução, contra a corrupção e a favor da democracia. Essas duas coisas foram sendo devagarzinho abandonadas, havia uma promessa de realização de eleições, apareceram os candidatos e as coisas foram se complicando, a gente ficou sabendo da tortura. Você passa a não concordar com uma série de fatores que foram levados a efeito por esse golpe e ficou mais de 20 anos. Não era isso que a gente imaginava".

Ainda no tópico sobre política, Casoy criticou o discurso antivacina do governo e falou sobre Lula, Lava Jato e Fernando Henrique Cardoso.

Youtuber e sonhos

Na entrevista, Casoy ainda falou sobre a nova fase da carreira. O jornalista agora possui um canal no Youtube dedicado a notícias.

Ser youtuber é muito gostoso porque você não obedece a nada, só o horário. Eu obedeço a mim mesmo. Aqui, a nossa equipe é gigantesca, tem três pessoas. Cássio, Fernando e a dona Iraci Teixeira. Esse é meu time, minha equipe. No equipamento, só fiz questão de ter um microfone bonito. O resto é a minha sala, onde eu gosto, me divirto, tudo simples e procuro contribuir pro meu país com as minhas ideias."

Ao final, o jornalista ainda respondeu a Bial sobre o antigo sonho que possuía: Cursar medicina veterinária.

"Eu imaginei que iria me aposentar e fazer o curso de veterinária, que era minha grande paixão. Isso talvez colaborasse até pra eu entender melhor o ser humano. Ainda olho pra ver se tem um curso a distância. Mas eu tô um pouco desistindo, com essa coisa de youtuber, eu tenho meu tempo todo preenchido. Não sei não. Eu gosto do tema, mas aquele fogo 'ai, eu vou ser veterinário', já não existe mais."