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Maitê Proença define governo Bolsonaro como 'lástima': 'Descaso criminoso'

Maitê Proença disse que o governo Bolsonaro é uma "lástima" - Divulgação/RedeTV!
Maitê Proença disse que o governo Bolsonaro é uma "lástima" Imagem: Divulgação/RedeTV!

Colaboração para o UOL

20/07/2021 17h30

A atriz Maitê Proença, de 63 anos, criticou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de covid-19 no Brasil, e classificou a atuação do governo federal como uma "lástima e algo genocídico".

Em uma live para a revista IstoÉ, a artista disse que é um "absurdo" a forma como o Brasil tem sido governado desde o primeiro caso confirmado de coronavírus no país em março do ano passado, e apontou que há um projeto de desinformação.

"É um absurdo, né, o descaso como foi tratado no Brasil, é muito criminoso, porque as pessoas são desinformadas, é de uma maldade... se você está de posse da informação, que certamente os governantes têm, e ainda assim age com esse descaso criminoso. É um negócio muito sério", declarou a atriz.

Maitê Proença disse considerar a gestão de Jair Bolsonaro "uma lástima", e apontou que o Brasil tem problemas sérios e antigos na área da educação. A famosa chegou a comparar o avanço educacional do país em relação ao alcançado pelas nações dos Tigres Asiáticos nas últimas décadas, e como isso é importante para a autonomia de pensamento da população.

"Eu acho uma lástima. O Brasil tem problemas sério na área da saúde e da educação", pontuou. "A gente tem um país deseducado, nenhum governo investiu na educação da forma como deveria. Então essa falta de investimentos criou toda uma geração de pessoas desinformadas, que não gostam de pensar, têm preguiça de pensar", continuou, para chegar ao ponto em que o governo investiu "em superstições, em remédios que não têm nenhum fundamento", e completa ressaltando tratar-se de um "genocídio".

Ainda, a artista disse não saber "como é que as pessoas dormem fazendo todas essas coisas que a gente vê no noticiário", e falou que, além da covid-19, o mundo também enfrenta outra doença, que é a falta de empatia, "gente que não se sensibiliza com o outro, tem projetos próprios, egoístas, pessoas que não se identificam com o país, os vizinhos".

"E quando a gente tem na cabeça do país um homem assim, as pessoas que estão começando esse tipo de comportamento, elas se sentem um pouco autorizadas pra essa insensibilidade, pensar em si e dane-se todo o resto. Mas essas pessoas serão muito infelizes porque não é da natureza humana" pensar de forma individual, sem se preocupar com o bem coletivo, finalizou.