João Figueiredo sobre Sasha: 'Ensinou a silenciar vozes que não importam'
João Figueiredo entrou em evidência na mídia após assumir seu namoro — e posterior casamento — com Sasha Meneghel, herdeira da Rainha dos Baixinhos, Xuxa Meneghel. O cantor de 21 anos explicou que a família de sua mulher o ajudou a enfrentar a voracidade da opinião pública.
"Sasha e eu entendemos muito o cenário em que vivemos atualmente, principalmente aqui no Brasil. Fomos impactados na nossa família e vários outros acontecimentos ao nosso redor. Entendemos que as pessoas estão com as emoções e sentimentos à flor da pele. Não dá para determinar que alguém é um certo momento. Mas nunca é fácil e você precisa aprender a lidar. É uma construção que você vai fazendo", disse ele em entrevista para a "Vogue".
Acho que ninguém está acostumado a ter pessoas julgando e opinando sobre a sua vida, principalmente quem não te conhece. No nosso caso, esses pensamentos e opiniões vêm em grande escala. São milhares e milhares de pessoas. Vivia uma vida pública num nicho, mas quando começamos a nos relacionar, generalizou.
O cantor afirmou que foi sua mulher quem o ajudou a lidar com essas questões. "Sasha sempre me ajudou muito e, mesmo antes do nosso relacionamento ser público, sempre conversamos muito sobre isso. Sempre priorizamos nosso relacionamento. Vivemos muitas coisas na intimidade que as pessoas não têm ideia. Nós expomos algumas coisas da nossa rotina e gostamos de receber esse carinho e ter esse contato", garantiu.
Ela tem essa experiência a vida toda desde o nascimento. A Sasha me ensinou bastante a silenciar as vozes que não importam e aprender a ouvir as que de fato têm relevância em nossas vidas. Vivemos assim, mas é óbvio que têm situações que são chatas e desnecessárias.
Para ele, o feedback positivo que ambos recebem são muito maiores do que o negativo. "Acho que o carinho que recebemos sobre nosso casamento, as felicitações, as mensagens de amor são muito maiores do que qualquer crítica e opinião alheia. Temos muito mais a agradecer porque temos mais bônus que ônus. É sobre esse equilíbrio interior. Quando você tem certeza do que é e está focado no que quer construir não tem muito tempo para perder com coisas que não importam", frisou.
Ele, que está preparando um novo álbum para o fim do ano, diz que deseja estar em sintonia não só com os seus fãs, mas também com os de sua mulher e de sua sogra. "O álbum que estou preparando terá parcerias, uma dessas é internacional, e vai ter essa linguagem. Somos muito ligados a culturas no geral e sempre gostei muito disso. Sempre quis e pude viver isso viajando e conhecendo outras pessoas", começou.
Para que a música vá além do Brasil, encontramos algumas necessidades e teremos músicas em português, espanhol e inglês. A América Latina é muito grande. Então, tenho seguidores de todos os lugares, além de minha esposa e a sogra que tem muitos fãs e sempre pedem para responder algo em espanhol. Senti essa vontade de me conectar com esses fãs por meio da música. Ainda tenho o apoio da Sounder, minha gravadora aqui e fora do Brasil, que abraçou o projeto e mergulhou de cabeça em tudo que tenho proposto.
Veia cristã
João explicou que sua carreira na música gospel começou por uma inspiração dentro de sua própria casa. "Nasci em um lar cristão. Sou cristão e minha arte reflete isso, mas meu objetivo é me comunicar com o máximo de pessoas que puder. Quero que minha música chegue a todo estilo de público. Por isso, estou mergulhando nessa era pop. Estamos produzindo músicas que carregam mensagens universais e que todos possam compreender", contou, em referência à nova sonoridade que pretende imprimir no próximo trabalho.
"A ideia é fazer o que sempre quis entregar, artisticamente falando. Por não ser tão comum no meio gospel, que se enquadrou por tantos anos num estilo de música, não tinha tanta ousadia de trazer algo nesse estilo. Agora entendi que é o tempo de nos comunicarmos com todos. Não nos limitar e ecoar mais alto. Acredito num Deus que é soberano e pode fazer tudo", continuou.
Tenho uma música que não usa as palavras 'Deus', 'Jesus' ou outras coisas relacionadas à minha fé, mas que carregam a minha essência. A mensagem cristã vai estar sempre atrelada a mim e nada me impede de fazer tudo isso em um formato diferente e sair um pouco dessa limitação que nós mesmos construímos.
A respeito de suas inspirações para a nova fase, João abriu quem são seus artistas preferidos. "Tenho escutado muito os últimos álbuns de Justin Bieber, que tem um pop bem bacana, que traz um pouco a banda e elementos dos anos 80. Gosto também de Harry Styles e Shawn Mendes, que são nomes que influenciam um pouco a pegada do meu som nessa nova fase", compartilhou.
O cantor também foi questionado se teve dúvidas sobre mudar seu estilo. "É muito engraçado porque no começo tinha muito receio. Obviamente, com meu relacionamento, aumentaram a exposição e visibilidade. Pessoas de diversas religiões ouviram e gostaram. Fiquei surpreso porque entenderam o que eu estava dizendo e se alimentaram desse som. O público de antes também entendeu. Ouvi que precisávamos de algo novo e diferente, que você pode curtir no dia a dia, no carro, no trabalho e que vai te dar um up. São canções que valorizam o amor, sobre amor e que falam sobre experiências sem agredir ao próximo".
O novo trabalho também teve grande parte de composições próprias de João. "Se não fiz em colaboração com alguém, fiz sozinho. Acho que você pode se identificar com músicas que não escreve, mas pelo menos para mim faz tanto sentido quando sento e coloco parte do meu coração. Até para minha interpretação isso facilita. Lembro da sensação que foi escrever aquilo, o entendimento. Não foi só porque gostei, mas porque foi algo que veio de dentro".
A música pode te influenciar e te transformar para o bem e para o mal. Ela influencia como nos vestimos, como nos sentimos. Você pode não perceber, mas aquela música que ouviu te fez sentir uma pessoa poderosa, bonita. Existem terapias com música e acredito muito na mensagem. Que se fizer uma canção que valoriza a vida, influenciarei pessoas de fato. Estamos nessa tendência no mundo onde a depressão está num nível altíssimo. Espero que a pessoa coloque o fone de ouvido e que algo que fiz a faça se olhar de outra forma. Acredito muito nisso.
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