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Sérgio Hondjakoff admite que mentiu e estava em clínica interditada

Sérgio Hondjakoff, o "Cabeção" da Malhação, havia negado que era um dos pacientes em cárcere privado numa clínica de reabilitação - Reprodução/Instagram
Sérgio Hondjakoff, o 'Cabeção' da Malhação, havia negado que era um dos pacientes em cárcere privado numa clínica de reabilitação Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

06/08/2021 15h35

Sérgio Hondjakoff, o 'Cabeção' da Malhação, admitiu em áudio enviado ao UOL que mentiu quando negou que estava internado na clínica de reabilitação interditada por manter pacientes em cárcere privado.

Ele diz que escondeu a verdade para proteger seu filho: "Fui internado porque foi preciso e menti para preservar a minha família e principalmente o meu filho, que só tem um ano de idade".

Tudo o que está nas redes, na internet, fica lá para sempre, e menti porque não queria que meu filho tomasse conhecimento um dia desse fato, depois de ele já ter nascido. Peço que entendam a minha situação e me perdoem.

No áudio, ele pede desculpas: "É com muita vergonha que venho através desse áudio pedir mil desculpas às pessoas que gostam de mim e às que não gostam. Enfim, às pessoas em geral. Quero pedir desculpa por ter gravado um vídeo ontem mentindo sobre a minha internação".

Ontem, ele gravou um vídeo dizendo que estava na casa de sua mãe, em Resende (RJ): "Vim desmentir mais um boato que saiu na internet dizendo que eu estaria internado em uma clínica, em cárcere privado. Não, mentira, eu tô aqui com a minha mãe em Resende, estou curtindo essas férias de inverno", disse o ator, em vídeo enviado por seu assessor à reportagem.

Clínica interditada

Em nota enviada ao UOL, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) informou ter fechado na quarta-feira (4) uma clínica de tratamento para dependentes químicos na zona rural de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, após ser denunciada por tortura e internação contra a vontade dos pacientes.

Ao todo, 46 pessoas teriam sido encontradas nos quartos com as portas fechadas pelo lado de fora. Segundo o MP, os pacientes eram privados do contato com a família e obrigados a assinar documentos atestando que estavam internados de forma voluntária.

Novas denúncias de que os internos eram mantidos ali contra a vontade já chegaram ao MP. A Polícia Civil está neste momento realizando a oitiva dos internos.

Dois funcionários foram presos e vão responder por constrangimento ilegal, sequestro e cárcere privado. O crime de tortura ainda é analisado.