Samara Felippo diz refletir sobre racismo por filhas: 'Vivi em uma bolha'
Samara Felippo passou a refletir sobre o racismo por conta da criação das filhas Alícia, 12 anos, e Lara, 8. A atriz comentou sobre o assunto em entrevista para o programa "Sexta Black", da GNT.
Eu vivia muito na minha bolha branca, romantizada. Vivi durante muitos anos nesta bolha. Furar é muito difícil, requer informação, abrir a mente, consciência. Acho que isso veio aos poucos. Não foi uma chave que virou de repente.
Samara Felippo ao "Sexta Black", da GNT
Na atração apresentada por Luana Génot e exibida ontem, Samara afirmou que preconceitos também dizem sobre como as pessoas foram criadas. "E nem culpo os meus pais por isso, porque também foram criados por pais racistas", refletiu.
É um assunto delicado de eu falar. A gente cresce tão racista, que eu lembro que tive a cesárea, e uma amiga minha disse que eu saí sedada, falando: 'E o cabelinho dela, como é?'. Até onde vai o subconsciente, entranhado na gente. Eu nunca contei para ninguém, é a primeira vez que estou abrindo.
Samara Felippo ao "Sexta Black", da GNT
A atriz destacou que se preocupa em tratar o racismo na educação, ajudando-as a identificar atos preconceituosos e fazendo com que elas tenham referências negras. Elas nasceram durante o relacionamento da atriz com o jogador de basquete Leandro Barbosa.
Eu espero prepará-las através do diálogo, através do não aceitar tudo, sempre duvidar, sempre questionar, sempre responder. Ao mesmo tempo em que você precisa respeitar, impõe o seu respeito como mulher preta nessa sociedade. Não aceite menos do que amor e respeito na sua vida. Sonhe grande, sonhe alto. Sempre mostrando que elas pertencem a esse mundo.
Samara Felippo
"Eu vou ter muita raiva, muito ódio e vou chorar muito. Mas nunca vou saber o que elas estão passando, só elas saberão. Eu estou aqui para dar acolhimento", concluiu a artista de 42 anos.
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