Sobrinho de Silvio Santos diz que pagou R$ 500 mil por resgate de Patrícia
Há 20 anos, as emissoras de TV pararam para acompanhar os desdobramentos do sequestro de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos. Ela ficou mantida em cárcere privado por uma semana, e até hoje é grande o mistério envolvendo o caso. Teria a família Abravanel feito o pagamento aos sequestradores para que Patrícia fosse libertada?
Em entrevista ao UOL, Guilherme Stoliar, sobrinho de Silvio Santos, confirma que intermediou as negociações. Ele diz que foi ao encontro dos criminosos e entregou uma quantia em dinheiro.
Não me lembro quanto eles pediram, mas pagamos a eles algo como R$ 500 mil ou coisa que o valha.
Ele diz não se lembrar com exatidão do local onde encontrou os sequestradores. E detalha: "Eu fui com o motorista em um local marcado por eles. E entreguei o dinheiro".
A negociação
Stoliar recorda que a negociação foi demorada e passou a falar diretamente com os sequestradores depois de uma conversa com o tio.
"Silvio me contou o que estava acontecendo e disse que precisaria de alguém que fosse da confiança dele para fazer as negociações com os sequestradores. Eu falei para ele que sim, que eu estava à disposição", afirmou.
Stoliar diz que precisou assumir a negociação pelo resgate porque não era fácil para o dono do SBT ter de lidar com aquela situação, envolvendo a filha número 4.
Por isso que eu tive que fazer a negociação, ele estava muito passional para resolver esse assunto e eu tive que ajudá-lo. É uma coisa muito difícil", reconhece. Se ficou algum trauma do que passou há duas décadas? Stoliar responde: "Não. Só a alegria de ter conseguido resolver o problema.
Depois de Patrícia Abravanel ser libertada, um dos sequestradores, Fernando Dutra Pinto, invadiu a mansão onde vivia a família Abravanel no Morumbi. Ele fez o próprio Silvio Santos de refém. A ação envolveu até o governador de São Paulo da época, Geraldo Alckmin. Dutra Pinto foi preso e, em 2002, morreu no presídio.
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