Alessandra Negrini sobre cultura do cancelamento: 'Acho meio fascista'
A atriz Alessandra Negrini participou do podcast "Novela das 9" e refletiu sobre a cultura do cancelamento, após relembrar ter sido alvo de críticas após fazer um protesto a favor dos povos indígenas e se vestir como tal no carnaval de 2020. Na época, ela foi cancelada e "descancelada".
"Não sou a favor. Como diria Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Essas coisas precipitadas da internet levam a equívocos. O cancelamento surgiu como uma ferramenta importante de balizar as pessoas e falar: 'Não, você não pode fazer isso, isso é horrível'".
"Ele tem seu valor nesse sentido", conta a atriz de 50 anos. "Mas virou algo impositivo, virou um instrumento de violência. Então tem que ter sempre o diálogo na própria narrativa. Você tem uma narrativa, mas tem que pensar os prós e os contras na própria narrativa."
"Ou seja, você tem que parar para pensar", acrescenta Alessandra Negrini, que recentemente se posicionou contra o presidente Jair Bolsonaro. "O que tem acontecido no cancelamento é que ninguém para pra pensar. Eu acho meio fascista o processo do cancelamento, na verdade."
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