Príncipe Philip não queria chegar aos 100 anos, diz biógrafo
Colaboração para o UOL, no Rio
23/08/2021 20h36
O príncipe Philip, que morreu em abril aos 99 anos, admitiu ao biógrafo Gyles Brandreth que não queria ter uma vida tão longa e chegar aos 100 anos.
Segundo trechos do livro "Philip: The Final Portrait" descritos pela revista People, obra lançada neste mês e escrita por Brandreth, que conheceu e conviveu com o duque de Edimburgo por mais de 40 anos, Philip não planejava se tornar o consorte real mais velho da história da monarquia britânica:
Eu certamente não quero aguentar até que eu tenha 100 anos como a rainha Elizabeth [a rainha-mãe, mãe de Elizabeth II]. Não consigo imaginar nada pior. Já estou caindo aos pedaços do jeito que está. Pedaços continuam caindo. Não tenho absolutamente nenhum desejo de me agarrar à vida desnecessariamente. Uma perspectiva horrível. Príncipe Philip
Ao longo do livro, o biógrafo revelou conversas que teve com o príncipe, que chegou a ver e aprovar um dos rascunhos da obra. Ao comentar sua trajetória e se perguntar se deveria ter ingressado Força Aérea em vez da Marinha britânica, Philip descartou lamentar decisões do passado.
"Arrependimentos são um desperdício de energia. Não adianta ter arrependimentos", disse ele a Brandreth. Questionado se teve uma boa vida, o duque não soube responder e revelou como se sentia sobre a morte:
Eu não sei. Me mantive ocupado. Tentei ser útil. Espero ter ajudado a manter o show na estrada. É sobre isso, na verdade. [...] Estou pronto para morrer. É o que acontece — mais cedo ou mais tarde. Príncipe Philip
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