Modelo denuncia diretor da Playboy por abuso em 2017: 'Fui humilhada'
A atriz e modelo Suzi Sassaki, que já trabalhou no SBT, na Band e na RedeTV, denunciou ter sido vítima de assédio sexual durante negociações com a revista Playboy em 2017.
Em entrevista ao podcast "Fama Pop", Suzi diz que o então publisher da revista no Brasil, André Sanseverino, se aproveitou do contato profissional para pedir nudes: "Ele me pedia fotos sensuais, me pedia para fazer videochamada, eu fui assediada por ele. Não era nada profissional". Ele negou as afirmações em contato com o UOL.
Eu cheguei a mandar nudes para ele e só depois me toquei que ele estava me usando e me abusando sexualmente. Eu não tinha essa malícia, era tudo novo para mim. Ele fez vários convites para sair comigo em troca de uma capa na revista. Mas nunca rolou nada, não chegamos a nos encontrar. Suzi Sassaki
Suzi também conta que ficou traumatizada com o episódio e acabou negando outros convites por medo:
"Cheguei a negar o convite da [revista] Sexy porque eu fiquei muito mal com todo o assédio da Playboy. Queria distância de tudo aquilo, fiquei horrorizada de verdade. Me senti usada e humilhada. Acabei indo para os Estados Unidos tentar novos projetos", relembra.
Sanseverino é fotógrafo e já foi vice-presidente da Playboy Brasil. Em 2017, ele foi afastado da publicação após nove modelos o processarem por assédio sexual.
No ano seguinte, passou a trabalhar com a edição portuguesa da revista. O processo acabou arquivado porque cinco modelos desistiram da denúncia e outras quatro não puderam arcar com os custos dos advogados.
Após o arquivamento, ele chegou a entrar na Justiça para pedir o "esquecimento" do caso, exigindo que os veículos de imprensa que reportaram o caso deletassem as matérias e lhe pagassem uma indenização. O pedido foi negado pela Justiça do Paraná na semana passada.
Procurado pelo UOL, Andre Sanseverino afirma que "a melhor resposta sempre será a sua história de vida". O ex-publisher da revista compartilhou conversas com Suzi de 2018 e 2019, alegando ter mantido uma relação amigável com a modelo após o momento do suposto abuso apontado por ela.
"Sempre partiu dela a iniciativa de me escrever nas redes sociais", argumentou o ex-diretor.
Em 2017, Sanseverino já havia negado as acusações, que foram reveladas em uma reportagem do "Fantástico".
"Várias moças foram contratadas para trabalharem como 'coelinha' no evento. Conversei com algumas delas e trocamos telefones. Fiz contatos via mensagem em um aplicativo e fiz propostas de trabalho, sim. As pessoas precisam entender que trabalho com nudez, tenho acesso ao material erótico de 27 'Playboys' pelo mundo, recebo mais de 100 fotos por semana de pessoas querendo sair na revista e uma das primeiras perguntas é 'topa posar nua?' Falo sempre de nudez", afirmou o publisher, em 2017, em entrevista ao UOL.
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