Andréia Sadi expõe machismo após Tebet ser atacada por ministro na CPI
A jornalista Andréia Sadi expôs o machismo ao qual profissionais do sexo feminino que cobrem a política em Brasília estão submetidas ao falar sobre o ataque sofrido pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi chamada de "descontrolada" pelo ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner do Rosário, durante depoimento hoje na CPI da Covid.
Em seu perfil no Twitter, Sadi, que se destacou em todo o país por sua cobertura dos bastidores da política na capital federal, disse que ataques desse tipo às mulheres são bastante comuns.
"Em tantos anos de cobertura política, o ataque à mulher é assim: descontrolada, louca... Se é assertiva, é agressiva e por aí vai (nem vou citar os de baixo calão). O que vimos hoje na CPI, com o ataque à Simone Tebet: cenas explícitas de machismo na política brasileira", publicou.
Ministro chama senadora de 'descontrolada'
A sessão de hoje da CPI da Covid foi cancelada após o ministro da CGU, Wagner do Rosário, chamar a senadora Simone Tebet de "descontrolada". A declaração elevou o clima de tensão na sessão e o integrante do governo Jair Bolsonaro foi chamado de moleque por senadores.
Após a confusão, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), encerrou o depoimento. Rosário passou de testemunha para investigado na CPI, que vê indícios de omissão da CGU no caso da Covaxin.
Senadores de oposição e independentes saíram em defesa de Simone Tebet, disseram que Rosário estava sendo machista. O ministro havia sido questionado pela senadora sobre a atuação da CGU ao longo das negociações da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde, envoltas em suspeitas de irregularidades.
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