Bilionário da CNN que negou herança para o filho já condenou dinheiro
O jornalista Anderson Cooper, bilionário que atua como âncora da CNN norte-americana, se tornou manchete ao afirmar que não pretende deixar uma herança para o filho Wyatt, de um ano de idade.
Comentarista político, o comunicador de 54 anos teve o filho com o ex-namorado Benjamin Maisani graças a uma barriga de aluguel. Além de apresentar o bem-sucedido programa "Anderson Cooper 360º", ele é correspondente do "60 Minutes", da CBS News, e acumula 18 prêmios Emmy e dois prêmios Peabody, concedidos a pessoas e organizações de destaque na mídia dos Estados Unidos.
Mas você sabe quem é esta figura?
Maldição de berço
A fortuna de Anderson, apesar de acumulada com seus trabalhos e sua boa-reputação na carreira, vem de família. Ele é filho da modelo e socialite Gloria Vanderbilt, que nasceu em uma das famílias mais ricas dos Estados Unidos. Os Vanderbilt são de origem holandesa e construíram o seu império monetário a partir da indústria ferroviária, posteriormente expandindo para outras áreas da economia.
Ao longo das décadas, os descendentes do patriarca Cornelius Vanderbilt começaram a investir em outros setores e passaram construir grandes mansões na tradicional Quinta Avenida, em Manhattan, Nova York, além de casas de campo luxuosas, palácios e outros tipos de residência ao redor dos Estados Unidos.
Outros descendentes conhecidos são o ator Timothy Olyphant ("Justified"), o músico John P. Hammond e o roteirista James Vanderbilt, conhecido por "Zodíaco" (2007) e "O Espetacular Homem-Aranha" (2012).
Mesmo com este histórico, Cooper já costumava falar bastante sobre o seu incômodo com o dinheiro da família, que conta também com o capital acumulado por sua mãe na carreira de designer fashion.
Por isso, em 2014, Anderson concedeu uma entrevista ao programa de rádio "The Howard Stern Show", em que afirmou que não receberia a herança. Ele justificou:
Minha mãe sempre deixou claro que não havia um fundo monetário. Não tem nada disso. Desde criança, se eu sentisse que havia um pote de ouro esperando por mim, eu não sei se teria me sentido tão motivado.
Carreira
Mesmo assim, Anderson construiu uma carreira para si que foi além do nome da família. Ele iniciou na profissão como âncora do programa "World News Now", da rede ABC, entre 1999 e 2000. Desde então, foi reunindo ao redor de si uma reputação positiva e coberturas jornalísticas marcantes, sobretudo quando acompanhou o terremoto do Haiti, em 2010, e chegou a ganhar o maior prêmio de Honra ao Mérito do governo local.
Atualmente, além de ser apresentador na CNN e no CBS News, Cooper está promovendo seu terceiro livro, intitulado "Vanderbilt: A Ascensão e a Queda da Dinastia Americana" (em tradução livre). Foi durante a promoção do lançamento que ele revelou que pretende apenas pagar a faculdade de Wyatt e deixar que o filho "se vire".
A jornada de Cooper em frente às câmeras é, em geral, marcada por passos reconhecidos como positivos. No Emmy Awards, maior premiação da televisão estadunidense, Cooper já foi vitorioso dezenas de vezes por reportagens produzidas para o "Anderson Cooper 360º", com matérias que vão da brutalidade policial em Chicago à cobertura da Convenção Nacional do Partido Democrático, em 2009, até a crise no Haiti, em 2011. Sua última vitória foi em 2020, por melhor reportagem sobre cultura, artes ou entretenimento, para o "60 Minutes".
Personalidade LGBT+
Anderson Cooper se assumiu gay em 2012 e, no mesmo ano, o jornal The New York Times o declarou como o jornalista abertamente gay mais influente da TV americana. Após passar anos mantendo a vida privada longe dos holofotes, ele deu permissão ao escritor Andrew Sullivan para publicar um e-mail, em que afirmava:
Ficou claro para mim que, ao manter silêncio sobre certos aspectos da minha vida pessoal por tanto tempo, deixei impressões erradas de que estou tentando esconder alguma coisa que me deixe desconfortável, envergonhado ou até com medo. Isso é doloroso, porque não é verdade. O fato é que eu sou gay, sempre fui, sempre serei, e não poderia ser mais feliz, confortável e orgulhoso da pessoa que sou.
Em 2016, quando o atual CEO da Apple, Tim Cook, decidiu assumir sua sexualidade, a pessoa que ele buscou para ouvir conselhos foi o próprio Anderson Cooper.
Conversei com ele várias vezes, porque achei que ele lidou com o seu anúncio com muita classe. (Cook, em 2016, para a revista Financial Review)
Hoje, Cooper aparece em listas como um dos jornalistas mais bem-pagos do planeta, com um salário anual que é avaliado em US$ 12 milhões apenas pelo "Anderson Cooper 360".
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