Há 30 anos, "Rá-Tim-Bum" deixou de ser apenas o verso final de "Parabéns a Você", hino das festas de aniversário, para nomear um dos programas infantis mais bem-sucedidos da TV brasileira. Lançado pela Cultura em 5 de fevereiro de 1990, a atração criada por Flávio de Souza e Fernando Meirelles tinha a missão de educar crianças em fase pré-escolar (o primeiro nome, aliás, era Projeto Pré-Escola).
Paralelamente, a equipe do programa enfrentou outro desafio: disputar a atenção das crianças com "Xou da Xuxa" (Globo) e "Bozo" (SBT), entre outros concorrentes menos preocupados com o público infantil. Deu certo. Os 192 episódios de "Rá-Tim-Bum", custeados com ajuda de FIESP, CIESP e Sesi (US$ 1 milhão), foram reprisados à exaustão, e personagens como Professor Tibúrcio, Nina e Euclides conquistaram os mais novos, que aprenderam de matemática a higiene.
Maior do que a importância do "Rá-Tim-Bum", só o legado dele. A atração, indicada ao Emmy em 1991 e a outros prêmios internacionais, gerou "filhotes" tão ou ainda mais lembrados, como "Castelo Rá-Tim-Bum", "Glub Glub" e "Ilha Rá-Tim-Bum", e moldou três gerações de crianças com o lema "Educação através do entretenimento e entretenimento através da educação".