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Padre Marcelo Rossi fala em 'bendito empurrão' ao lembrar queda de palco

Padre Marcelo reafirmou sua fé em Nossa Senhora ao lembrar empurrão em julho de 2019 - Reprodução/GShow
Padre Marcelo reafirmou sua fé em Nossa Senhora ao lembrar empurrão em julho de 2019 Imagem: Reprodução/GShow

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2020 13h18Atualizada em 09/10/2020 13h56

O padre Marcelo Rossi mostrou uma visão otimista ao falar do atentado que sofreu em julho de 2019, quando foi empurrado do palco por uma fiel durante uma missa, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo.

Ao falar do lançamento de seu novo livro, "Batismo de Fogo", o sacerdote afirmou que considerou o "bendito empurrão" um recado de Deus para se reconectar com a função de padre.

"Batismo de fogo remete a um nascimento, a um novo nascimento, a um vigor. Eu caí em um comodismo, eu achei que já tinha feito tudo como prometia São João Paulo II: 'Ah, eu já fiz minha visão'. Que nada, eu não fiz nada, quem fez foi Deus, eu sou apenas uma formiguinha", disse ele em conversa com Fátima Bernardes, no "Encontro" da manhã de hoje.

O padre Marcelo, que já admitiu ter sofrido com a depressão, contou ainda que considera o sucesso na vida como religioso, com o reconhecimento pelo papa Bento 16 como o missionário do novo milênio e os prêmios na carreira musical, como gatilhos para sua tristeza.

"Isso contribuiu, acho que foi uma somatória de coisas. Eu achei que eu tinha, que eu estava fazendo as coisas. Bendito empurrão, que me fez refletir que quem faz é Deus. Depois do empurrão, Deus es abrindo portas, até surgiu uma música 'Maria passa à frente, pisa na cabeça da serpente', que está quebrando fronteiras, né. Então você ver que Deus tira do mal pra fazer o bem", refletiu ele, lembrando a canção que lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Música Cristã.

O padre ainda afirmou que não gosta de se referir à queda durante a missa como um "atentado", definindo a situação como um milagre.

"Quando eu fui empurrado, os 10 minutos que eu estava lá (no chão), o brigadista falava: 'Padre, você vai ter que fazer um BO'. Quando eu subi, a primeira coisa que eu fiz foi o meu BO: Bíblia em Oração. Então, eu dei o perdão. Para quem não conhece são mais de 2 metros que eu fui empurrado, mas eu dei meu perdão. Perdão é perdão. Então eu não vou chamar de atentado, mas de um novo nascimento", defendeu.

"Depois eu fui nesse mesmo lugar celebrar e aí eu chorei, antes foi de dor, mas depois foi de emoção, porque eu sou um milagre. Você já viu alguém ser empurrado de uma altura daquela e sobreviver? Estou aqui sem nenhuma lesão, podia ter batido a cabeça, ter tido um problema na coluna. Com certeza Maria passou na minha frente e me segurou com meu amor", concluiu o religioso, às vésperas do Dia de Nossa Senhora Aparecida, comemorado na segunda-feira (12).