Por que Netflix e rivais estão investindo bilhões de reais em séries velhas
A notícia da semana, para quem acompanha o mercado de televisão, foi o anúncio de que a Netflix comprou os direitos de exibição dos 180 episódios de "Seinfeld". A gigante do streaming poderá exibir as dez temporadas da sitcom para todos os seus clientes, em todo o mundo, a partir de 2021.
O negócio foi visto como uma "resposta" da empresa à perda dos direitos de "Friends" e "The Office". Em julho, a Warner informou que a série sobre os seis amigos vai migrar para o catálogo da HBO Max, o serviço de streaming da empresa que será lançado no ano que vem. Já a série protagonizada por Steve Carell vai para o serviço da NBC, que se chamará Peacock.
O valor que a Netflix pagou por cinco anos de direitos sobre "Seinfeld" não foi divulgado. Mas especula-se que tenha sido mais que os US$ 500 milhões investidos pela NBC para adquirir "The Office" e os US$ 425 milhões pagos pela Warner para explorar "Friends" também por cinco anos.
Estamos falando de investimentos que superam os R$ 2 bilhões por séries antigas, lançadas entre 1989 ("Seinfeld") e 2005 ("The Office") – "Friends" é de 1994. O que isso significa?
Pioneira no negócio, a Netflix logo se deu conta que o cliente do serviço tem enorme interesse por séries novas e originais, mas consome com avidez, em ritmo de maratona (binge watching), programas antigos, de qualidade. São as séries velhas, com muitas temporadas, que garantem tempo de permanência do usuário no serviço.
No início da década, a Netflix adquiriu direitos de exibição de muito conteúdo produzido por empresas que agora são rivais na guerra do streaming e estão tendo que gastar fortunas para retomar as suas séries. Curiosamente, uma das poucas que sempre se recusou a vender direitos de seus programas foi a Globo. A empresa brasileira enxergou desde cedo que deveria preservar o seu valioso acervo para uso próprio.
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