Belo, o inexplicável fenômeno da imperfeição
Não adianta falar mal. Quanto mais batem, mais ele cresce. É algo inexplicável e precisa ser estudado. Desde o Soweto, Belo sempre foi um fenômeno no quesito carisma popular. Antes das transformações visuais, sua aparência era motivo de piada. Mas nada o impedia de se envolver com beldades nacionais. Aí vem a fatídica prisão. Era certo que aquilo seria o fim da carreira do cantor. Só que ele saiu da cadeia com três músicas entre as mais tocadas no país. Como explicar?
O troca-troca de relacionamento poderia ser um tiro no pé junto às fãs. Mas não foi. Ele continuou sendo endeusado. Anos se passam, a prisão cai no esquecimento. Até que surge o maior projeto de pagode do país, Os Gigantes do Samba. Ele falta aos ensaios, dá bolo nos shows e vai tudo por água abaixo.
Isso sem falar nas notas meio que semanais de falta de pagamento de quase tudo. De aluguel a jardineiro, passando, lógico, por Denilson. Você acha mesmo que isso afeta a carreia de Belo?
No último Carnaval, ele cantou em alguns camarotes na Sapucaí. Em todos, o primeiro dia a terem os ingressos esgotados são os que ele se apresenta. Os seus m shows são hits atrás de hits. A sintonia dele com o público é algo sem igual. Seu timbre de voz é algo que precisa ser patenteado como relíquia nacional. Nunca desafina. Só mesmo na hora de pagar as contas.
Esse é Marcelo Pires. Além disso, um grupo de empresários cariocas tem planos audaciosos para a carreira dele. Querem criar um projeto à lá "Tardezinha" para ele. Primeiro estão limpando o nome dele de todo e qualquer entrevero financeiro. Mas o risco de dar errado existe. E é real. Não por falta de talento ou carisma. O problema é que Belo sabe exatamente do seu poder junto ao público que ama pagode. E nesse quesito, ele é imbatível. Vai entender...
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