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Pagode e funk têm que aprender com os sertanejos como se cria um sucesso

Thiaguinho, Belo, Henrique, da dupla com Juliano, e MC Kekel - Montagem de fotos de reprodução/Instagram
Thiaguinho, Belo, Henrique, da dupla com Juliano, e MC Kekel Imagem: Montagem de fotos de reprodução/Instagram

Colunista do UOL

12/03/2020 07h00

Não seja tolinho, caro leitor, por achar que uma música quando estoura nas plataformas digitais é pura e simplesmente porque ela é boa. Tem muito investimento por trás. E quando o assunto é investimento, ninguém barra a Work Show, que hoje é o maior escritório musical do país. Eles cuidam de Marilia Mendonça, Henrique e Juliano, Zé Neto e Cristiano e Maiara e Maraisa. Só nas plataformas, em média, uma música pede 100 mil reais de investimento. Henrique e Juliano lançaram recentemente, "Liberdade provisória", subiu ao topo como foguete e de lá não saiu mais.

Os sertanejos são muito mais profissionais na hora de lançar uma música. Como eles têm muito mais dinheiro, divulgação é simultânea na rádio, TV, internet e plataforma. Tudo ao mesmo tempo. Chega a custar R$ 700 mil por música.

Os outros ritmos ainda estão engatinhando. Pagode só investe mesmo em rádio. O funk foca na internet. Não da para comparar. Os sertanejos estão anos luz à frente dos outros ritmos.

E o resultado é simples. Um sertanejo iniciante tem um cachê em média de 100 a 150 mil reais. Um pagodeiro de anos e com credibilidade não chega a esse valor nunca. Os únicos pagodeiros que custam mais são Thiaguinho, Belo, Sorriso Maroto e Ferrugem. E só.

Entendeu, caro leitor, por que os sertanejos dominam a música nesse país?

Blog do Leo Dias