Como Bruno e Marrone se 'reciclaram', ganharam público e retomaram sucesso
Nada é obra do acaso. Muito menos da sorte. Bruno e Marrone foram lançados em 1984 e bem que poderiam estar naquele seleto grupo de sertanejos clássicos que têm seu público fiel, como Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó e Leonardo. Mas, estrategicamente, eles decidiram mudar o rumo da carreira.
E deu muito certo. Foi um gol de placa, mesmo o risco sendo grande.
A contratação, entre 2013 e 2014 de Dudu Borges, renomado produtor musical, foi um marco na carreira deles. Dudu deu uma roupagem nova à dupla que queria cantar o sertanejo universitário mas não dava certo, não convencia. Bruno precisou aprender até a cantar mais rápido, menos melódico.
Uma das grandes qualidades de Bruno é estar aberto ao novo, a entender que o passado, passou. Ele não é saudosista. Por ele, o novo é importante. E ele está sempre pronto a mudar,
"Vou te amarrar na minha cama", e "Vidro fumê" marcaram essa nova fase da carreira. Com isso, a carreira mudou. O cachê aumentou, passaram a frequentar festivais jovens, tem força nos digitais, enfim, não representam os "velhos sertanejos".
Bruno e Marrone é um caso único no Brasil. Eles conseguiram mudar de geração e continuaram jovens. É algo louvável. O mercado tem que tirar o chapéu para a dupla que soube, como ninguém, se recriar.
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