Com furo, jornalismo da Band responde a críticas sobre saída de Lacombe
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No dia do famigerado programa sobre "conservadorismo", com a presença de próceres do bolsonarismo, Luiz Ernesto Lacombe disse mais de uma vez no "Aqui na Band" que era "um jornalista no entretenimento".
Por que ele disse isso? Um programa jornalístico jamais teria promovido um debate sobre um tema polêmico com a presença de quatro pessoas com visões tão semelhantes. Um dos participantes é investigado pela Polícia Federal num inquérito sobre fake news.
Ao repetir que se via como um jornalista atuando num programa de entretenimento, o apresentador estava justificando, justamente, a falta de rigor e o enviesamento do debate.
Mas Lacombe perdeu de vista, ou fingiu não ver, que o problema era muito mais grave. Ao levar um tema político para um programa de entretenimento da forma como fez, o "Aqui na Band" não exibiu um debate, mas fez mera divulgação e promoção das ideias dos entrevistados.
Ou seja, não foi nem jornalismo nem entretenimento. Foi publicidade de um conjunto de ideias.
O programa sobre "conservadorismo" não foi o único com estas características na trajetória recente do "Aqui na Band", mas foi o último. Dois dias depois, nesta quinta-feira (25), foi anunciado o afastamento de Lacombe do comando da atração, levando-o a pedir a rescisão de seu contrato.
Por coincidência, neste mesmo dia o jornalismo da Band deu um "furo" importante no caso Queiroz, mostrando que o ex-assessor de Flavio Bolsonaro ficou escondido em um outro imóvel do advogado Frederick Wassef, no Guarujá. A reportagem mostra que os laços entre os dois são mais antigos do que já divulgados.
Diante das críticas de que Lacombe estaria sendo perseguido por suas ideias políticas, a área de notícias respondeu com uma informação exclusiva. Foi a melhor resposta possível do jornalismo da Band ao suposto entretenimento exibido no programa matinal.
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