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Mauricio Stycer

Netflix explora feminismo em Coisa Mais Linda como peça de marketing

Pathy de Jesus, Maria Casadevall, Mel Lisboa e Larissa Nunes na segunda temporada de "Coisa Mais Linda" - Divulgação
Pathy de Jesus, Maria Casadevall, Mel Lisboa e Larissa Nunes na segunda temporada de "Coisa Mais Linda" Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

05/07/2020 05h01

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Lançada no final de junho, a segunda temporada de "Coisa Mais Linda" confirma a aposta da Netflix em produções que possam interessar a diferentes mercados globais da empresa. A série brasileira, ambientada no Rio no final dos anos 1950, início dos 60, é um típico produto para estrangeiro ver. Não por acaso, em inglês, a série foi rebatizada como "Girls of Ipanema" (garotas de Ipanema).

Muito bem produzida, com cenários e figurinos caprichados, embalada por muita bossa nova, "Coisa Mais Linda" conta as aventuras de quatro amigas com personalidades fortes e espírito independente.

A protagonista, Malu (Maria Casadevall), é abandonada pelo marido na primeira temporada e reúne forças para dar a volta por cima, abrindo um clube de música em Copacabana.

Ainda mais livre e independente, na segunda temporada, Malu precisa lidar com a volta do marido, inconveniente, e dois namorados, que dividem o seu coração. A personagem é feminista e toma atitudes de impacto, elogiáveis, mas distantes da realidade da época retratada na série.

A Netflix tem explorado esse "feminismo" de Malu como uma ferramenta de marketing. Um vídeo divulgado pela empresa, com trechos da série, foi intitulado "7 minutos da Malu jantando os machistas". É, sem dúvida, estimulante para as mulheres dos dias de hoje, ainda que pouco realista para a época em que a série se passa.

Em tempo: a série termina com um ótimo gancho (cuidado, spoiler!) para uma terceira temporada

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Uma versão deste texto foi publicada originalmente na newsletter UOL Vê TV, que é enviada às quintas-feiras por e-mail. Para receber, gratuitamente, é só se cadastrar aqui.

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